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Mercado espera aumento da Selic, mas se divide entre o tamanho do ajuste

Inflação, câmbio e projeções do PIB devem embasar a decisão do Banco Central por subir a taxa de juros no Brasil na próxima quarta-feira, 18

Por Camila Pati Atualizado em 17 set 2024, 11h04 - Publicado em 16 set 2024, 14h47

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne a partir de terça-feira, 17, e na quarta, dia 18, anuncia a decisão sobre a taxa básica de juros da economia. Um aumento já está precificado no mercado, resta saber qual o tamanho do ajuste na taxa Selic, atualmente em 10,5%.

A data coincide ainda com a decisão do Banco Central Americano , o Federal Reserve, sobre a taxa de juros no país e por isso é apelidada de Superquarta.

No Brasil, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) espera um aumento de 0,25 p.p, que colocaria a taxa básica de juros no patamar de 10,75% a. a. O diagnóstico da ABBC é de que com o intuito de convergir mais tempestivamente a inflação à meta e de atenuar a volatilidade na curva de juros, que precifica um ciclo de aperto monetário, o Copom deverá dar início a um ciclo de aumentos que levem a Selic a fechar o ano em 11,25% a.a..

“O IPCA subiu por nove semanas consecutivas e chegou a 4,35%. O câmbio, projetado para R$5,40 por dólar, também vem aumentando há cinco semanas”, diz Volnei Eyng, CEO da Multiplike. Esse aspecto, na visão dele,  poderá influenciar até uma decisão de ajuste maior. “O Banco Central pode surpreender com uma alta de 0,50 p.p.na Selic, dado o cenário de pressões constantes”, diz Eyng.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, segue o mesmo raciocínio  que não descarta um ajuste mais agressivo. “As sucessivas altas nos preços e a projeção de uma inflação mais elevada justificam uma postura mais dura do Copom”.

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Os dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira indicam que a inflação e o câmbio e as projeções do PIB devem embasar a decisão do BC . O relatório aponta que o IPCA deve fechar o ano em 4,35%, acima dos 4,30% previstos na semana anterior e dos 4,22% de um mês atrás.

Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos,  diz que o Banco Central deverá  manter uma postura mais cautelosa. “Esse cenário de alta inflacionária e de câmbio projetado em alta sugere que o Banco Central siga cauteloso, mantendo a Selic elevada por mais tempo, aguardando mais clareza no cenário macroeconômico”, afirma Lima. Para ele, a alta da Selic pode vir, mas de forma contida, com 0,25 p.p, conforme projeta boa parte do mercado.

O crescimento econômico também deve ser argumento para um aperto monetário. O economista Jason Vieira, da Moneyou, destaca que os resultados do PIB devem ser levados em consideração. “O PIB surpreendeu positivamente e segue acima das expectativas do mercado. Isso é um ponto que pode justificar uma postura mais agressiva do Copom na Superquarta”, afirma Vieira. 

O cenário econômico global, com atenção às decisões do Federal Reserve, pode influenciar a postura do BC brasileiro, diz Felipe Nasciben, especialista da FIPECAFI.  “Há uma expectativa de que o Fed inicie um ciclo de cortes nas taxas de juros, possivelmente reduzindo em 0,25%. Isso poderia impactar positivamente os mercados emergentes, como o Brasil”, diz. Um corte maior nos EUA traria alívio ao fluxo de investimentos globais e poderia influenciar a postura do Banco Central brasileiro, na visão dele. 

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