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Médicos desconfiam de Morales e mantêm protestos na Bolívia

Por Da Redação
5 Maio 2012, 15h03

La Paz, 5 mai (EFE).- Os médicos e os funcionários da saúde pública veem com desconfiança o anúncio do presidente boliviano, Evo Morales, sobre a suspensão do decreto que aumenta sua jornada de trabalho de seis para oito horas e exigem sua anulação definitiva para cessar a greve que começaram há seis semanas.

Um dirigente da Confederação de Trabalhadores de Saúde, José González, disse à Agência Efe que a suspensão do decreto anunciada ontem à noite por Morales ‘não é uma garantia’, nem existe juridicamente.

‘Por esse caminho não vamos encontrar a solução para esse conflito. A determinação da Confederação e da Central Operária Boliviana (COB) é clara: estamos pedindo ao presidente que anule integralmente o decreto para que possam suspender as medidas de pressão’, explicou.

Esse critério é partilhado pelo presidente do Colégio Médico da Bolívia, Alfonso Barrios, para quem o anúncio de Morales ‘poderia ser uma distração’ para desmobilizar os grevistas.

‘Por enquanto não podemos suspender as medidas de pressão porque há suscetibilidade. Desconfiamos dos anúncios’, declarou Barrios à emissora de rádio ‘Erbol’.

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Lembrou o caso dos indígenas que rejeitam uma estrada no parque natural Tipnis, que em 2011, após uma passeata de 66 dias até La Paz, conseguiram que Morales sancionasse uma lei que proíbe qualquer projeto viário nessa reserva amazônica, mas depois se arrependeu e insiste em retomar as obras, financiadas por uma empresa brasileira.

Barrios assinalou que aguardarão algum documento oficial sobre o anúncio de Morales para analisá-lo com os colégios departamentais de médicos e que eles definirão se terminam ou não os protestos.

Tanto os médicos como os demais funcionários de saúde aceitaram o convite de Morales para uma ‘cúpula nacional’ em julho para criar um novo sistema de saúde, mas insistem que primeiro deve ser anulado de forma definitiva o decreto que aumenta sua jornada.

Apoiados por estudantes de medicina e membros da COB, a maior organização sindical boliviana, ambos coletivos estão parados desde o dia 28 de março.

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Formaram piquetes de greves de fome e realizam diariamente manifestações e bloqueios em todo o país, argumentando que o decreto não foi pactuado nem resolverá as carências da saúde da Bolívia.

Morales se retratou ontem à noite, pelo menos na palavra, de sua decisão sobre as oito horas de jornada de trabalho para os médicos e demais funcionários, assediado por protestos que aumentaram e se tornaram violentos nos últimos dias.

Na quinta e na sexta-feira grupos de médicos, funcionários e estudantes de medicina fecharam estradas que ligam a Bolívia ao Brasil e à Argentina e enfrentaram agentes antidistúrbios. EFE

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