McDonald’s japonês vai comprar frango do Brasil após escândalo das carnes estragadas
Funcionários de uma fábrica chinesa usavam produtos químicos em alimento vencido antes de vendê-lo a redes de 'fast-food'
A rede de lanchonetes McDonald’s do Japão decidiu importar frango do Brasil por causa do escândalo com carnes estragadas que atingiu suas lojas naquele país. A distribuição do produto fora do prazo de validade foi feita por sua fornecedora chinesa Husi de Xangai (o escândalo, inicialmente, ocorreu com redes de fast-food da China). Segundo a imprensa japonesa, esta é uma das medidas que serão tomadas pela filial japonesa para tentar “recuperar a confiança de seus consumidores”.
“A partir de agora, a empresa importará também a carne de frango brasileira para poder garantir o fornecimento e a oferta de todos os seus produtos”, anunciou a presidente do McDonald’s no Japão, Sarah Casanova.
Na sexta-feira passada, o McDonald’s Japão anunciou que substituiria os fornecedores chineses por outros com sede na Tailândia.
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A empresa cancelou os pedidos feitos à companhia de alimentação Husi, de Xangai, fábrica onde foram processados produtos estragados. A empresa chinesa era responsável pelo fornecimento de 20% da carne de frango utilizada em seus chicken nuggets.
Desde que o escândalo foi revelado na semana passada, as vendas do McDonald’s no Japão caíram entre 15% e 20%, revelou um funcionário do alto escalão da companhia ao jornal Nikkei.
Além do McDondald’s, outras multinacionais de fast-food como KFC, Pizza Hut, Starbucks, Burger King, Papa Johns, 7-Eleven e a chinesa Dicos foram afetadas pelo escândalo e recolheram de seus pontos de venda os produtos feitos com a carne da Husi.
Segundo autoridades chinesas, a unidade de Xangai da Husi tinha falsificado as datas de validade de mais de 4 mil embalagens de carne. Até o momento, a fábrica foi interditada e cinco pessoas foram detidas. Reportagem com jornalistas infiltrados do canal Xangai Dragon TV mostrou, com uma câmera escondida, o pessoal da Husi usando conscientemente carne de frango vencida, que era “mascarada” com diferentes produtos para conseguir passar pela fiscalização sanitária e, assim, ser vendida às redes de fast-food.
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(Com agência EFE)