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Marolinha virou onda, diz Dilma sobre o suposto reflexo da crise internacional no Brasil

Em Bruxelas, na Bélgica, presidente ainda afirmou que o país não pode conviver com inflação alta e que ela tem que ser "derrubada logo"

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h31 - Publicado em 11 jun 2015, 10h42

A presidente Dilma Rousseff reforçou nesta quinta-feira, em Bruxelas, na Bélgica, o discurso de combate a inflação, dizendo que o Brasil não pode conviver com ela em patamares elevados e que seu governo está empenhado em empurrá-la para baixo. Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que o IPCA acelerou 0,74% em maio, alcançando a marca de 8,47% no acumulado dos últimos doze meses – o maior resultado desde 2003. “Esses dados”, disse a presidente, “preocupam bastante”. “A inflação é um objetivo que nós temos de derrubar, e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação.”

Assim como repetiu durante a campanha eleitoral, a presidente voltou a atribuir os resultados negativos da economia brasileira à crise internacional, citando o desaquecimento da economia da China. “A economia internacional, que estava em crise desde 2008, até hoje não se recuperou. Ela está andando de lado. Veja que, com 7% de crescimento da China, o menor em 25 anos, o crescimento do mundo ainda é 2,8%”. Perguntada se a crise não era apenas uma “marolinha” para o Brasil, como havia dito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, ela afirmou que era, mas que virou uma “onda”. “Naquele momento, foi sim, senhor. Mas depois a marola se acumula e vira uma onda”, justificou, mencionando ainda a crise do banco Lehman Brothers, em 2008, nos Estados Unidos, e a crise das dívidas na Europa, iniciada em 2010. “Sabe por que ela vira onda? Porque o mar não serenou”, considerou.

As declarações foram feitas nesta manhã em Bruxelas, onde a comitiva brasileira participou da reunião de cúpula entre a União Europeia e Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Além do ambiente externo, a presidente Dilma também apontou a seca que atingiu o Sudeste nos últimos anos como motivo para a alta no preço dos alimentos. A pressão também tem contribuição, segundo ela, da “variação” dos juros americanos e do ajuste cambial, que desvalorizou o real ante a moeda americana. Entre 2012 e 2015, argumentou, o dólar passou de 1,60 reais a 3,17 reais, o que provoca “oscilações”. “A inflação deste ano é atípica. Ela é fruto de várias correções. Nós temos certeza que a causa não é estrutural, mas conjuntural.”

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A presidente não associou os ajustes fiscais realizados pelo Ministério da Fazenda entre as razões do aumento dos preços. A respeito do tema, Dilma afirmou que “o Brasil está tomando todas as medidas para se fortalecer macroeconomicamente. Houve esse movimento da inflação e estamos tomando todas as medidas para estabilizá-la.”

A presidente voltou a defender as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo ela, o ajuste precisa ser feito porque houve queda no crescimento, o que resulta em queda na arrecadação. “Nós fizemos de tudo: reduzimos impostos, ampliamos créditos, subsidiamos taxa de crédito. Agora esgotou nossa capacidade fiscal e temos de recompô-la e continuar”, afirmou.

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(Com Estadão Conteúdo)

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