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Mantega diz que governo está atento ao comportamento do dólar

Ele admitiu que o aumento da alíquota do IOF sobre as aplicações de investidores estrangeiros em renda fixa não surtiu o efeito esperado

Por Da Redação
15 out 2010, 17h13

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo adotará novas medidas para conter a valorização do real frente ao dólar. Entre as medidas apontadas por Mantega estão o controle das operações bancárias com dólar. Ele disse que o governo está “particularmente atento” a essas operações. “Não se preocupem, porque nós temos as armas”, afirmou.

Mantega disse que o objetivo do governo é impedir a oscilação do câmbio. Ele admitiu que o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as aplicações de investidores estrangeiros em renda fixa não surtiu o efeito esperado.

O ministro manifestou preocupação com as operações de alavancagem do banco, porque, segundo ele, nessas operações os investidores podem fazer grande volume de operações com pouco dinheiro. De acordo com Mantega, a alavancagem é alta e “por isso assusta”. Ele citou como exemplo que, com R$ 10 bilhões, é possível fazer operações de até R$ 100 bilhões.

O ministro da Fazenda avaliou ainda que o Brasil caminha rapidamente para ter um volume de reservas internacionais de US$ 300 bilhões. Ele voltou a defender a política adotada pelo governo de acumulação das reserva, por meio de compra de dólares no mercado à vista.

Ao ser questionado sobre o custo fiscal dessas políticas, o ministro respondeu: “Nós temos um custo de fato, mas é melhor pagar este custo do que ter uma economia mais vulnerável”. Ele avaliou ainda que essa política de acomodação de reservas é segura e deu certo na crise financeira internacional. “E hoje o Brasil caminha para ser uma das economias com maior reserva do mundo. Já estamos com mais de US$ 280 bilhões de dólares. Vamos chegar rapidamente a US$ 300 bilhões.”

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Inflação – Ele disse ainda que o gasto público no Brasil não é inflacionário. Mantega contestou as avaliações feitas por analistas econômicos de que é preciso reduzir os gastos públicos para permitir uma queda maior dos juros e, com isso, ajudar a diminuir a atratividade do Brasil nas operações de carry trade feitas pelos investidores estrangeiros.

Questionado se uma política fiscal mais dura poderia auxiliar no controle da efetiva valorização do real frente ao dólar, Mantega disse que isso é um grande equívoco. “Não tem nada a ver A com B. Nós estamos com um dos resultados fiscais melhores do mundo. Hoje o Brasil vai ter um déficit nominal menor que o dos Estados Unidos, da Alemanha, da China e de vários países”, argumentou Mantega, acrescentando: “Temos um resultado fiscal bom”.

Para o ministro, a taxa de juros no Brasil se deve “exclusivamente à inflação e não ao gasto público”. Mantega disse que o Brasil teve que aumentar o gasto público, na época da crise, para estimular a economia e a retomada do crescimento. “Se a inflação é baixa e está sob controle, significa que o gasto público não é excessivo. Ele está regulado. Não faz sentido dizer que temos que reduzir o gasto público para reduzir a taxa de juros”, insistiu o ministro, na sua tese de que o gasto público no Brasil não é inflacionário.

(Agência Estado)

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