Por Jessica Wohl
ESTADOS UNIDOS (Reuters) – A decisão do grupo Wal-Mart de absorver a maior parte dos crescentes custos dos alimentos para seus já pressionados consumidores norte-americanos e investir em seus negócios de e-commerce pesaram na lucratividade da empresa, embora as vendas nos EUA tenham aumentado pela primeira vez em mais de dois anos.
As vendas nas lojas de descontos dos Estados Unidos abertas pelo menos um ano atrás cresceram mais do que o esperado no terceiro trimestre encerrado em 31 de outubro, pondo fim a uma série de nove trimestres consecutivos de declínio. Mas as visitas às lojas mais uma vez ficaram abaixo das de um ano atrás, ainda que os consumidores, na média, tenham gastado mais por visita.
O Walmart norte-americano, principal parte do maior atacadista do mundo, segurou o aumento de preços tanto quanto foi possível para atrair consumidores mais prudentes, ainda preocupados com o mercado de trabalho e a economia em geral.
“Eles foram bastante agressivos nos preços e no ganho de fatia de mercado, mas não obtiveram a vantagem que queriam na parte dos custos”, declarou John Tomlinson, analista da ITG Pesquisa de Investmento. Ele disse que a empresa pode buscar mais abatimentos de preços dos fornecedores.
Os alimentos custaram à Walmart cerca de 4 por cento mais durante o trimestre. Mas a empresa só viu inflação em 0,7 por cento nas lojas em geral graças à deflação em áreas como televisores, cortes de preços e consumidores optando por opções mais baratas, disse Bill Simon, executivo-chefe do Walmart norte-americano.
As ações do Walmart caíram 1,9 por cento, para 57,80 dólares, no início do pregão da terça-feira.