Lucro da Vale cresce 61% e soma R$ 5,1 bi no 2º tri
Apesar disso, companhia acumula prejuízo líquido de 4,39 bilhões de reais no semestre devido ao resultado do primeiro trimestre de 2015
Após três trimestres seguidos fechando no vermelho, a Vale conseguiu voltar ao azul, a despeito da queda nos preços do seu principal produto no mercado externo – o minério de ferro. No segundo trimestre deste ano, a companhia, que é a maior produtora de ferro do mundo, teve um lucro líquido de 5,14 bilhões de reais, uma alta de 61,4% ante o registrado no mesmo período do ano passado.
Apesar disso, a empresa acumulou um prejuízo líquido de 4,39 bilhões de reais no primeiro semestre de 2015, levando em conta o resultado negativo no primeiro trimestre do ano, de 9,53 bilhões de reais. Entre abril e junho de 2014, a Vale registrou um lucro líquido de 3,18 bilhões de reais.
Em comunicado, a companhia informou que o bom resultado é reflexo da “redução substancial em custos, especialmente do minério de ferro, e pelo progresso na execução da nossa carteira de projetos, estabelecendo as bases de uma empresa ainda mais competitiva e lucrativa no futuro”.
A empresa informou que, no período, o minério de ferro foi vendido ao preço médio de 50,6 dólares por tonelada, ante 46 dólares no primeiro trimestre, em contraste com uma queda nos preços médios verificados no mercado. Ainda assim, a Vale sente os efeitos da baixa dos preços do ferro no mercado global no último ano, em meio a uma crescente oferta e desaceleração na demanda chinesa. O preço médio realizado pela companhia um ano atrás era de 84,6 dólares por tonelada.
Na semana passada, a empresa informou uma produção recorde de minério de ferro para o segundo trimestre, de 85,29 milhões de toneladas. O número corresponde à segunda maior marca da história da companhia e a um aumento de 7,4% ante o mesmo período do ano passado.
Leia também:
Vale corta produção de minério de ferro em 25 milhões de toneladas
Com queda no preço do ferro, S&P rebaixa nota de crédito da Vale
Vale tem prejuízo líquido de 9,5 bilhões de reais no 1º trimestre
(Da redação)