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Lucro da Gerdau sobe 17% no 3o tri, acima do esperado

Por Da Redação
10 nov 2011, 12h13

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) – A Gerdau anunciou nesta quinta-feira lucro de terceiro trimestre maior que o esperado, mas manteve a postura cautelosa dos últimos meses sobre o cenário para o mercado de aço, em meio às turbulências dos mercados financeiros internacionais.

A companhia divulgou mais cedo lucro líquido de 713 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 17 por cento sobre o mesmo período de 2010, catapultado por um melhor desempenho operacional e por efeitos cambiais positivos sobre as operações financeiras do grupo.

O lucro da maior produtora de aços longos das Américas ficou bem acima dos 281 milhões de reais esperados por analistas consultados pela Reuters, mas o presidente da companhia, André Gerdau Johannpeter, mostrou reticência sobre o cenário para 2012.

“Estamos prevendo um crescimento de demanda de aço no mundo para 2012, mas seguimos cautelosos, postura que também é observada por clientes por causa do cenário econômico internacional (…) que torna muito difícil prever qual será o real impacto no consumo de aço”, disse o executivo a jornalistas em teleconferência.

Ele acrescentou que os investimentos de 10,8 bilhões de reais entre 2011 e 2015 estão mantidos, mas a empresa está “com uma certa cautela na aprovação” dos desembolsos.

A companhia apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 1,215 bilhão de reais, recuo de 4 por cento na comparação anual. No período, a margem passou de 15 para 14 por cento.

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O mercado esperava, em média, Ebitda de 1,22 bilhão de reais, com margem de 13,7 por cento.

Às 13h05, as ações da companhia caíam 0,2 por cento, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,54 por cento.

Apesar da cautela, Gerdau comentou que, “até o momento, não sentimos efeitos das incertezas econômicas em nossas vendas, uma vez que a maior parte de nossa produção está em países emergentes, que seguem em expansão”.

O executivo citou perspectiva da Associação Mundial de Aço, que estima crescimento acima de 5 por cento no consumo global do metal em 2012 e o vice-presidente financeiro da Gerdau, Osvaldo Schirmer, apontou cenário de estabilidade para os preços do aço nos próximos meses.

A empresa produziu 5,02 milhões de toneladas de aço bruto no trimestre passado, 14 por cento mais que um ano antes, mas queda de 2 por cento sobre os três meses encerrados em junho.

Enquanto isso, as vendas em volume somaram 4,85 milhões de toneladas, aumento de 10 por cento sobre o terceiro trimestre de 2010. Entre abril e junho deste ano, a siderúrgica havia obtido vendas de 4,9 milhões de toneladas.

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Schirmer afirmou que a companhia está operando a entre 86 e 87 por cento de sua capacidade no Brasil e a uma taxa de cerca de 70 por cento nos Estados Unidos.

A Gerdau teve receita líquida de 8,97 bilhões de reais, ante 8,2 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2010.

Ao final de setembro, a siderúrgica tinha um caixa de 4,37 bilhões de reais, quase o dobro do apurado um ano antes. A dívida líquida somava 9,16 bilhões de reais, ante 12,47 bilhões no terceiro trimestre de 2010.

A empresa realizou em abriu uma oferta primária e secundária de ações que movimentou 5,54 bilhões de reais, e Schirmer afirmou que “não temos absolutamente nada planejado para novas emissões de ações”.

“Temos um certo conforto para aumentar o endividamento, sem ferir covenants (condições de endividamento)”, disse ele, citando acordos com credores internacionais para “covenants de quatro vezes o Ebitda e estamos abaixo de três vezes o Ebitda”.

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