Louis Vuitton perde para o câncer um de seus principais executivos
Yves Carcelle, administrador que ajudou a transformar a marca em uma das maiores grifes de luxo do mundo morreu de câncer neste domingo
Yves Carcelle, o homem que ajudou a transformar a Louis Vuitton em uma das maiores grifes de luxo do mundo, morreu de câncer aos 66 anos, neste domingo, informou a LVMH, conglomerado que inclui a marca. Carcelle comandou a Louis Vuitton durante mais de duas décadas até 2012. Sua morte acontece no momento em que a LVMH trabalha duro para ressuscitar a marca, depois de ver as vendas despencarem nos últimos dois anos.
“Viajante incansável, Yves foi um pioneiro. Sempre curioso, apaixonado e em movimento, ele foi um dos mais inspiradores líderes de homens e mulheres que tive o privilégio de conhecer”, disse o executivo-chefe e fundador da LVMH, Bernard Arnault, em comunicado.
A Louis Vuitton é a principal fonte de renda da LVMH, maior grupo empresarial de artigos de luxo do mundo, com mais de 60 marcas, como as grifes de mosa Christian Dior, Celine e Fendi, a joalheria Bulgari e a fabricante de conhaque Hennessy.
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Perfil – Carcelle, administrador carismático que inspirava suas equipes a trabalharem tanto quanto ele, até nos finais de semana, era visto como um executor habilidoso das ambições globais de Arnault para a Louis Vuitton.
“Ele levou a indústria do atacado para o varejo e teve um papel crucial no desenvolvimento da indústria global de artigos de luxo”, afirmou Julian Easthope, analista do segmento da consultoria Barclays.
Durante sua gestão, Carcelle quadruplicou a rede de lojas da Louis Vuitton – chegaram a quase 470, muitas delas em mercados emergentes estrategicamente importantes, como a China. Ele também aumentou o lucro da marca de estimados 500 milhões de euros em 1990 para mais de 7 bilhões de euros, e supervisionou sua diversificação em produtos como relógios e joalheria e moda prêt-à-porter sob o comando do estilista Marc Jacobs.
(Com Reuters)