Por Karla Mendes
Brasília – Os valores que vem sendo alardeados pelas empresas do setor elétrico para indenizações, caso não sejam renovadas as concessões do setor que vencem a partir de 2015, precisam ser revistas. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. “Os cálculos precisam todos ser revistos, da Eletrobras e Aneel”, disse, referindo-se ao montante de R$ 37 bilhões informado pela Eletrobras há poucas semanas, e aos R$ 47 bilhões calculados pela Aneel a partir de dados das próprias empresas.
Apesar de o governo já ter deixado claro que só tomará decisões sobre a renovação das concessões em 2012, Lobão fez questão de frisar que a discussão sobre o tema “não está parado”. “Temos um pouco de pressa, mas privilegiamos a qualidade do trabalho”, disse.
Hoje o ministro participa de mais uma reunião sobre o assunto, no Palácio da Planalto, no início da tarde, com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Segundo ele, também participarão do encontro representantes dos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente. Segundo o Lobão, a reunião incluirá também debates sobre o novo código de mineração.
Questionado sobre o navio da Vale que está parado no Maranhão por conta de uma rachadura, Lobão se limitou a dizer “que os técnicos vão avaliar o problema”. Sobre a negociação com o governo venezuelano e a Petrobrás para a construção de uma refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o ministro disse que “a companhia brasileira concedeu um novo prazo a pedido da PDVSA”, destacando esperar que o acordo seja cumprido, pois a parceria entre “as duas é bem vinda”. O ministro apresentou essas declarações depois de participar da Conferência Brasileira de Energia, que está sendo realizada hoje e amanhã, em Brasília.