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Líder de caminhoneiro pede ‘fora todos’ e critica greve de petroleiro

Ramiro Cruz rejeita o rótulo de intervencionista, se diz legalista, mas admite que ter boas recordações do período da ditadura militar

Por Fabiana Futema Atualizado em 30 Maio 2018, 11h43 - Publicado em 30 Maio 2018, 11h41

Ramiro Cruz, uma das lideranças dos caminhoneiros que resiste a deixar as estradas, diz que a greveda categoria ainda não acabou. Ele admite, entretanto, que está cada vez mais difícil manter a mobilização dos caminhoneiros nas estradas do país.

“O Exército está nas ruas, cumprindo a ordem do presidente Michel Temer de permitir que quem queira rodar, continue rodando”, afirmou a VEJA.

Segundo ele, a paralisação dos caminhoneiros acabou prejudicando a greve dos petroleiros, iniciada à 0h desta quarta-feira. “A gente destruiu o plano deles. Queriam causar o caos, mas nós paramos antes e fizemos o que eles planejavam. Mas a gente não causou o caos porque queria, mas como convite à sociedade para refletir sobre tudo que está errado. Enquanto a greve deles foi considerada ilegal, a gente continua bonito na foto.”

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Representante da União Nacional dos Transportadores Rodoviários (Unatrans), Ramiro diz que não defende apenas a saída do presidente Michel Temer. “Estamos revoltados com os três Poderes, pois existe muita corrupção Queremos fora todos.”

Nos últimos dias, o governo vem afirmando que infiltrados políticos impediram a suspensão total da greve dos caminhoneiros, que entrou no decimo dia nesta quarta-feira. Entre os infiltrados estariam intervencionistas – pessoas a favor da intervenção militar. Apesar de ser apontado por outros líderes de caminhoneiros como intervencionista, Ramiro rejeita esse rótulo. Ele se diz legalista, mas admite que tem boas recordações do período da ditadura militar. “Fui criança no regime militar, podia brincar na rua. Tinha hora para entrar em casa, pois a partir de determinado momento a viatura passava e gente de bem tinha que estar dormindo, sem fazer baderna ou ficando bebaço. Tenho recordações felizes.”

Ele afirma que as estradas também eram melhores naquele tempo. “Quem tem 40 anos, 40 anos de rodagem se lembra que as estradas eram boas, tinha um ou outro pedágio, ahvia mais segurança, dava para dormir em pátio de posto. O que melhorou desde então? O pedágio é u,a exorbitância, a estrada é ruim e quem dorme em posto amanhece sem as rodas e pneus”, diz.

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O líder da Unatrans afirma que a paralisação não acabou, pois ainda existem reivindicações que não foram atendidas. Ele diz que está viajando agora para Brasília com dinheiro de doações e fez críticas ao presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes. “Ele falou que viu gente armada na Vila Carioca. Eu estava lá, o máximo que tinha era faca de churrasqueiro para cortar linguiça e pão.”

Ele também fez críticas à imprensa e disse que greve é “coisa de pelego”. Segundo ele, o que os caminhoneiros fazem é paralisação. Afirmou ainda que o movimento é formado por empresários individuais de transporte. “Não é greve, aqui somos pai de família, empresários individuais de transporte. Não somos funcionário de ninguém, somos patrão de nós mesmos.”

Procurado, Fonseca não foi localizado para comentar as críticas de Ramiro.

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