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Leilão de fazendas da Boi Gordo levanta R$ 52,9 milhões

Duas propriedades foram negociadas com ágio e uma fazenda não recebeu lance. Empresa foi condenada pela prática de pirâmide há 10 anos e só agora investidores podem ter seu dinheiro de volta

Por Da Redação
15 Maio 2014, 18h06

Os duplamente enganados

A empresa faliu e deixou cerca de 32.000 investidores sem receber nenhum centavo – um prejuízo de 4,5 bilhões de reais, em valores atualizados

Quanto perderam algumas das vítimas

Evair 5.692.000 Edilson 3.600.000 Felipão 2.259.000 Marisa Orth 943.000 Erasmo Carlos 398.000 Vampeta 336.000 Hans Donner 207.000 Cesar Sampaio 101.000

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O leilão de três fazendas da massa falida da Fazendas Reunidas Boi Gordo, empresa condenada pela prática de pirâmide financeira, levantou, ao todo, 52,902 milhões de reais. Das três propriedades agrícolas postas à venda, uma – a Fazenda Vale do Sol I, em Salto do Céu (Mato Grosso), não teve interessados e irá a novo pleito futuramente. Ela estava sendo oferecida por, no mínimo, 3,92 milhões de reais.

No caso da fazenda Chaparral, em Lambari D´Oeste (MT), de 7.656,88 hectares, o arremate da propriedade sai por 28,42 milhões de reais. A área, de 7.656,88 hectares, estava inicialmente avaliada em 22,86 milhões de reais.

Já a fazenda Realeza foi arrematada por 24,5 milhões de reais. A propriedade, de 640,43 hectares, está localizada no município paulista de Itapetininga e tinha um lance inicial de 13,92 milhões de reais.

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Segundo o síndico da massa falida, Gustavo Sauer, a expectativa é que, com a venda das propriedades, seja possível efetuar o pagamento integral dos credores trabalhistas, ainda no segundo semestre de 2014.

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Demora – Dez anos depois de as Fazendas Reunidas Boi Gordo ter sua falência decretada pela Justiça, os investidores poderão começar a ver a cor do dinheiro aplicado na empresa. Condenada por prática de pirâmide financeira, ela prometia rendimentos de 40% para os investidores. Como todo esquema semelhante, a Boi Gordo só se alimentava do dinheiro de novos entrantes ao sistema e não tinha sustentabilidade financeira para cumprir as promessas de lucro. A empresa pediu concordata em outubro de 2001, mas foi considerada falida apenas em fevereiro de 2004. No ato da dissolução da companhia, as dívidas eram de 2,5 bilhões de reais.

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A Justiça tenta agora levantar dinheiro para pagar ao menos parte dos débitos com investidores. Um leilão de três das 14 fazendas da massa falida, nos Estados de Mato Grosso e São Paulo, será realizado em 15 de maio na capital paulista.

O caso Boi Gordo é um exemplo do que pode acontecer com quem investiu em empresas que estão sendo investigadas de prática de pirâmide, como a TelexFree. Caso ocorra a condenação, os prejudicados podem ter de esperar mais de uma década para reaver seus milhares de reais.

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No fim do ano passado, Kleverson Scheffer, filho do “Rei da Soja”, Eraí Maggi, arrematou a Fazenda Buriti, localizada entre Chapada dos Guimarães e Campo Verde. A propriedade fazia parte da massa falida das Fazendas Reunidas Boi Gordo. Kleverson, que já era arrendatário da fazenda, deu lance de 15 milhões de reais, ágio de 40% sobre o preço mínimo de 11 milhões de reais. A fazenda tem 1.085 hectares.

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O leilão aconteceu na Casa de Portugal, no bairro paulista da Liberdade. Outras fazendas da Boi Gordo devem ser postas à venda em breve.

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