Foi concluído nesta sexta-feira o primeiro leilão de energia nova de 2010, com objetivo de contratar a demanda do mercado cativo (distribuidoras) em 2015. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o leilão negociou 85,9 milhões de megawatts-hora (MWh), movimentando 8,55 bilhões de reais. O preço médio final da licitação foi de 99,48 reais por MWh. O leilão foi disputado por 11 hidrelétricas, sendo oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH). Os contratos têm duração de 30 anos.

De acordo com a CCEE, a disputa por Garibaldi foi vencida pela Triunfo Participações e Investimentos, ao negociar 58 MW médios por 107,98 reais por MWh, um deságio de 18,8% em relação ao preço-teto de 133 reais por MWh. A usina tem 177,9 MW de capacidade instalada e investimento estimado pelo governo em 719,3 milhões de reais.

Já a concessão de Ferreira Gomes foi obtida pela Alupar, que negociou 105 MW médios por 69,78 reais. Isso representa um deságio de 15,9% em relação ao preço-teto de 83 reais por MWh. A usina tem capacidade instalada de 252 MW e investimento previsto de 810,7 milhões de reais.

A terceira hidrelétrica ofertada foi a Colíder, cuja concessão foi conquistada pela Copel. Para vencer a disputa, a empresa negociou 125 MW médios a um preço de 103,40 reais por MWh, deságio de 10,8% em relação ao preço-teto de 116 reais por MWh. O empreendimento tem potência de 300 MW e investimento calculado em 83 reais por MWh.

Entre as PCH, a estatal paulista Emae negociou 16 MW médios da usina Pirapora ao preço de 154,49 reais, deságio de 0,32% em relação ao preço-teto da fonte de 155 reais por MWh. O empreendedor Mega Energia negociou 23 MW médios de três PCH, a um preço que variou entre 153,73 reais por MWh e 154,23 reais por MWh. A hidrelétrica Santo Antônio do Jari não vendeu energia na licitação.

(com Agência Estado)