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Latam e Azul anunciam redução de até 30% na oferta de voos internacionais

Restrições de viagens imposta por governos como os Estados Unidos fez as companhias revisarem planos; demanda doméstica não deve ser afetada.

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 mar 2020, 11h14 - Publicado em 12 mar 2020, 11h12

A Latam anunciou nesta quinta-feira, 12, que irá reduzir em aproximadamente 30% o número de seus voos internacionais. Segundo a empresa, a decisão está ligada à baixa demanda e restrições de viagens impostas por governos devido ao avanço da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A queda na oferta de rotas internacionais também foi anunciada pela Azul em comunicado aos investidores. Segundo a empresa, a redução deve ser entre 20% e 30%.

Em nota, a Latam afirmou que a medida será aplicada para voos da América do Sul à Europa e aos EUA, entre 1º de abril e 30 de maio de 2020. Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a restrição de viagens entre o país e a Europa por um mês para tentar conter o avanço da doença em território americano. Pelo grande fluxo de voos restritos, a medida deve repercutir em empresas aéreas de todo o mundo.
A empresa afirma que está oferecendo reagendamento de voos sem a cobrança de multas. “O grupo Latam está tomando medidas imediatas e responsáveis para resguardar a sustentabilidade da empresa a longo prazo, protegendo os planos de viagem dos passageiros e buscando cuidar do emprego dos seus 43.000 funcionários”, afirmou Roberto Alvim, atual vice-presidente comercial do grupo.

Além da redução nas frequências de voos, a Latam afirmou que também irá suspender novos investimentos, despesas e de contratações, incentivos para licenças não remuneradas e antecipação de férias. A empresa também suspendeu a divulgação de projeções para seus negócios em 2020.

Segundo a companhia aérea, os voos domésticos dos mercados em que opera na América do Sul não serão alterados. “Até o momento, o Grupo LATAM não viu impactada a demanda em seus mercados domésticos e, por isso, definiu não implementar alterações em seus itinerários de voos domésticos por enquanto”. 

A Azul disse que a decisão do presidente Donald Trump não afeta os voos da companhia, porque a empresa não possui rota entre a América do Norte e a Europa. Porém, em comunicado dos resultados do 4º trimestre de 2019, a empresa disse que decidiu pela redução da capacidade internacional entre 20% a 30% em relação ao plano original.  A Azul tem voos internacionais para Estados Unidos, Portugal e Argentina. Nesta quinta-feira, a empresa reportou prejuízo líquido de 2,3 bilhões de reais no quarto trimestre de 2019, afetado por despesas consideradas não-recorrentes, e suspendeu as projeções para 2020. Segundo a B3, as ações da Azul eram as que mais caíam na bolsa brasileira por volta das 11h, após a volta das negociações do pregão. Os papéis se desvalorizavam 33,82%. 

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Procurada por VEJA, a Gol não respondeu a reportagem sobre uma possível redução de voos internacionais da empresa. A aérea opera rotas do Brasil para outros países da América Latina e Estados Unidos. A empresa também registrava forte queda de suas ações na bolsa nesta manhã. O recuo era de 18,47%.

 

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