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Lagarde afirma que conquistas dos países pobres estão ameaçadas

Segundo a diretora do FMI, Christine Lagarde, a crise global vai requerer adaptação das políticas nessas nações

Por Da Redação
21 set 2011, 09h37

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta quarta-feira, dois dias antes do início do encontro anual do fundo e do Banco Mundial em Washington, que os países pobres estão em uma situação complexa. Ela reconheceu os ganhos nestas nações na última década, como a diminuição da inflação, o aumento das reservas internacionais, a redução dos déficits e da dívida pública. Contudo, chamou a atenção para o fato de os preços cada vez mais altos das commodities terem imposto dificuldades aos países pobres. “Neste ano, vimos uma nova onda de valorização nos preços das commodities que pode ter lançado 44 milhões de pessoas para a pobreza”, lamentou.

Ela acrescentou que os riscos de uma nova crise econômica global aumentaram significativamente, ao mesmo em que a capacidade de absorção de novos choques por parte dos países mais pobres encontra-se em reconstrução. “Os países pobres alcançaram conquistas extraordinárias os últimos anos. Mas hoje, esses ganhos estão ameaçados”, disse.

Lagarde avaliou que os governantes dessas nações devem estar preparados para adaptar políticas, caso seja necessário. “Em caso de uma queda brusca da economia mundial, a chave será proteger os gastos vitais para mitigar o impacto no crescimento e proteger os mais vulneráveis”, afirmou. A diretora defende um uso mais intenso de políticas monetárias e cambiais, já que o alcance das fiscais tornou-se mais limitado.

A chefe do FMI apontou que há três prioridades: construir um colchão de segurança durante os tempos de crescimento; fortalecer as redes de segurança social, para que, em tempos difíceis, o apoio chegue mais rápido aos mais vulneráveis; e mudanças estruturais para aumentar a resistência de longo prazo dos países.

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O FMI comprometeu-se a aumentar o diálogo com os países pobres. Lagarde encerrou seu discurso afirmando que o fundo transformou os instrumentos de crédito para deixa-los mais flexíveis. A diretora citou o aumento de capacidade de empréstimos para 17 bilhões de dólares e o corte das taxas de juros para zero ou próximo a zero. Ela também citou o desenvolvimento de um “exercício de vulnerabilidade específico para países pobres”. “Essas ferramentas nos ajudarão a destacar os riscos-chave e suas implicações”, concluiu, acrescentando que o investimento privado deve ser encorajado.

A ex-ministra das Finanças francesa discursou no seminário “Volatilidade dos Preços das Commodities e Crescimento Inclusivo dos Países de Renda Baixa”, realizado pelo FMI em Washington.

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