‘Jumento tipo exportação’ renderia US$ 3 bilhões ao Brasil
Interesse da China pelo animal foi revelada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, nesta quarta-feira

Se a intenção manifestada pela China de importar 1 milhão de jumentos por ano do Brasil, conforme disse um empresário chinês à ministra da Agricultura Kátia Abreu nesta quarta-feira, se concretizar, o negócio renderia ao Brasil uma receita de 3 bilhões de dólares. A soma considera o preço médio dos asnos exportados neste ano.
Kátia Abreu ouviu a proposta inusitada durante viagem ao país asiático. Na China, os animais são usados pela indústria alimentícia e na fabricação de cosméticos. O Brasil já faz essa exportação, mas em escala reduzida. Em 2015, foram vendidos 1.200 toneladas, o equivalente a 15.400 dólares.
A história foi relatada pela própria ministra no Twitter. “No seminário dos empresários, chamou a atenção um investidor com um interesse que nos pareceu piada, mas não era. Ele quer importar jumentos para a China”, relatou. “Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos ano. Morro e não vejo tudo”, escreveu a ministra.
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Jumento ou jegue? – Nesta quinta-feira, ela voltou a falar no assunto e disse que errou ao mencionar jumentos. O interesse do empresário era por jegues. A correção era desnecessária: jegue é apenas outro nome para asno e jumento. Mula e burro é que são diferentes, já que nascem a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua. Se o filhote for uma fêmea, é chamada de mula; se for macho, é chamado de burro. “Propuseram-me a fazer, inclusive, uma cooperação para melhoramento genético de jegues”, relatou a ministra.
A China abate cerca de 1,5 milhão de jegues por ano, uma parte produzida no próprio país e outra na Índia. Apesar de toda essa demanda dos chineses, 2015 foi um ano fraco para a exportação do animal em comparação com outros anos. Enquanto neste ano as vendas ficaram em 15.400 dólares, em 2008 elas chegaram a somar 309.300 dólares, o equivalente a 22.400 toneladas. O recorde financeiro foi registrado em 2010, quando o Brasil fez 385.700 dólares em vendas e desembarcou 14.900 toneladas de asnos no exterior.
As mensagens da ministra na rede social geraram comentários bem-humorados e foram até usadas em trocas de ofensas entre militantes de esquerda e de direita. Alguns internautas, defensores de animais, se queixaram da demanda chinesa e classificaram a venda como “crueldade”.
Outra demanda diferente das demais foi a de uma empresa de fármacos, que quer 10.000 toneladas de casca de tangerina por ano para produzir óleos e essências. A ministra deixou a China e está a caminho do Brasil. Enquanto esteve no país asiático, a ministra fechou acordo para que sete plantas frigoríficas tenham autorização para vender para os chineses. Dessas, três são de carne bovina, duas de suína, e duas de frango.
(Com Estadão Conteúdo)
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