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IPI menor para carros não eleva demanda por autopeças

Por Da Redação
25 jun 2012, 13h07

Por Gustavo Porto

São Paulo – A alta de 23% na produção diária de veículos entre maio e junho, de uma média diária de 13 mil para 16 mil veículos, após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ainda não trouxe demanda para três dos maiores fornecedores de peças e sistemas tecnológicos do setor. Reunidos nesta segunda-feira no Simpósio SAE Brasil de Manufatura Automotiva, em São Paulo, executivos da Magneti Marelli, Bosch e Delphi admitiram que, além da demanda estagnada, as companhias ainda seguem com capacidade ociosa em suas unidades no País.

“Há uma perspectiva de aumento da produção para julho e agosto, mas até agora não houve crescimento, talvez por causa dos estoques das próprias montadoras”, disse Celso Manfrin, gerente de produtividade da Magneti Marelli. Segundo ele, uma corrida pela produção das montadoras com a aproximação do fim da redução do IPI, em 31 de agosto, pode levar o setor a apresentar gargalos. “Poderemos ter problemas com componentes e matérias-primas por conta da produção forte e da concentração de produção antes do fim do IPI”, avaliou Manfrin.

Carlos Gallani, presidente da divisão Electrical Drives da América Latina da Bosch, lembra que, além de a redução do IPI não sinalizar o aumento na demanda das montadoras, medidas macroeconômicas para o setor, como o Plano Brasil Maior, do governo federal, também não se viabilizaram. “O pacote ainda não alavancou nenhum tipo de negócio”, afirmou Gallani.

Luiz Paulo Reali, diretor adjunto de manufatura de Powertrain da Delphi, citou ainda a alta do dólar como outro entrave para o setor, principalmente em companhias de sistemas de alta tecnologia que não dispõem de todas as matérias-primas no Brasil e precisam importá-las. “O dólar já começa a impactar nossos sistemas, diante das dificuldades de encontrar fornecedores locais”, explicou.

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Segundo os executivos, o início previsto da produção de novas montadoras do Brasil até 2014, como a sul-coreana Hyundai e as chinesas JAC e Chery, não criará gargalos para as companhias fornecedoras de sistemas, já que a demanda poderá ser suprida justamente pela capacidade ociosa.

Tecnologia

Ainda no Simpósio SAE Brasil de Manufatura Automotiva, o engenheiro e presidente do Lean Institute Brasil, José Roberto Ferro, avaliou que o Brasil está atrás de outros países, como Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha, em tecnologia automotiva. Segundo ele, o caminho para superar essa diferença tecnológica é a melhoria na gestão dos processos pelas companhias. “Se aplicarmos corretamente as ferramentas de gestão, teremos um grande progresso nos próximos anos”, avaliou.

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