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IPCA acelera em novembro, mas fica dentro do teto no acumulado em 12 meses

Índice foi de 0,28% no mês, acima dos 0,24% de outubro por causa da alta dos alimentos; no acumulado, taxa é de 4,68% e, no ano, de 4,04%

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 dez 2023, 12h47 - Publicado em 12 dez 2023, 09h13

A inflação oficial do Brasil foi de 0,28% em novembro, o que representa uma ligeira aceleração, de 0,04 ponto percentual em relação a outubro. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira, 12, pelo IBGE, tiveram grande influência de alimentos e bebidas, que subiram no mês e puxaram o indicador para cima. O índice veio em linha com a expectativa do mercado, ligeiramente acima do consenso, que esperava uma inflação de 0,27% no mês. 

No ano, a inflação oficial acumula alta de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%, abaixo dos 4,82% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dois indicadores, tanto do ano quanto o acumulado em 12 meses, estão abaixo do teto da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,75%. Caso não estoure esse limite neste ano, será a primeira vez desde 2020 em que não há estouro da meta. Em 2021 e 2022, o país teve inflação acima do teto. 

“A leitura qualitativa também foi favorável como antecipávamos. A baixa média dos núcleos, em conjunto com os serviços subjacentes em patamar historicamente baixo, reforça um cenário desinflacionário mais consistente no curto prazo. Por outro lado, é importante reconhecer que o melhor momento dos alimentos ficou para trás. Este que parece ser o principal desafio para 2024”, analista o economista Igor Cadilhac, do PicPay.

A inflação é o componente mais importante em análise pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne entre terça e quarta-feira desta semana para definir a taxa básica de juros. O mercado estima um corte de mais 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa iria de 12,25% para 11,75%.

Preços

Em novembro, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. Os itens de alimentação e bebidas registraram a maior variação (0,63%) e o maior impacto (0,13 ponto percentual). O grupo vinha de alta de 0,31% em outubro. “As temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país são fatores que influenciam a colheita de alimentos, principalmente os mais sensíveis ao clima, como é o caso dos tubérculos, dos legumes e das hortaliças”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

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As altas da cebola (26,59%), da batata-inglesa (8,83%), do arroz (3,63%) e das carnes (1,37%) pressionaram a variação de 0,75% do subgrupo alimentação no domicílio. Entre as quedas, destacam-se o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

Também a alimentação fora do domicílio registrou alta em novembro, de 0,32%, mas desacelerou em relação ao mês anterior, quando teve expansão de 0,42% nos preços. A alta da refeição (0,34%) também foi menos intensa que a registrada em outubro (0,48%).

Outro destaque da inflação de novembro foi o grupo Habitação, que registrou alta de 0,48%. “Influenciada por diversos reajustes que foram aplicados por concessionárias de serviços públicos”, justifica Almeida. A energia elétrica residencial fechou o mês com preços 1,07% acima do mês anterior, em razão dos reajustes aplicados em quatro áreas: em Goiânia (6,13%), reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; em Brasília (4,02%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; em São Paulo (2,80%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro; e em Porto Alegre (0,91%), de 1,41% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

A alta de 0,27% em transportes foi influenciada por novo aumento nos preços da passagem aérea (19,12%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice do mês. Os combustíveis caíram 1,58%, já que a gasolina (-1,69%) e o etanol (-1,86%) apresentaram redução de preço, com o óleo diesel (0,87%) e o gás veicular (0,05%) registrando alta.

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