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IPCA-15 sobe 0,53% em novembro, segunda alta consecutiva

Com exceção de comunicação, todos os grupos tiveram elevação de preços; alimentação e bebidas estão entre os que apresentaram maior crescimento

Por Luisa Purchio Atualizado em 24 nov 2022, 10h57 - Publicado em 24 nov 2022, 09h52

Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira, 24, o IPCA-15 cresceu 0,53% em novembro, segunda alta consecutiva após uma leve alteração de 0,16% em outubro. O número veio levemente abaixo da expectativa dos economistas da agência de notícias Bloomberg, de 0,56%. No período anterior a outubro, o índice havia passado por um período de dois meses de deflação que parece ter ficado para trás.

Em novembro, todos os grupos de produtos e serviços apresentaram inflação, com exceção de comunicação, que trouxe estabilidade. Os grupos alimentação e bebidas, e saúde e cuidados pessoais, foram os que mais impactaram no índice, com alta de 0,54% e 0,91%, respectivamente. Ambos possuem um peso no índice de 0,12 ponto percentual.

Na sequência, veio o grupo de transportes, com impacto de 0,10 ponto percentual. O item surpreendeu ao sair de uma queda de 0,64% em outubro e subir 0,49% em novembro. Já o grupo que mais aumentou no mês foi vestuário, com uma alta de 1,48% em novembro, após uma alta também expressiva de 1,43% no mês anterior.

Outra alta que merece destaque é a do grupo habitação, que cresceu 0,48% após uma alta de 0,28% no mês anterior. Os demais itens tiveram variação positiva entre o 0,05% do grupo educação, que tem impacto nulo no índice, e 0,54% do grupo artigos de residência, que impacta 0,02 ponto percentual no IPCA-15.

Vale destacar que, dentro da variação de alimentos e bebidas, os itens que mais puxaram o grupo para cima foram alimentos para consumo no domicílio, entre eles, o tomate, com alta de 17,79%, a cebola, com 13,79%, e a batata inglesa, com 8,99%. As frutas tiveram um encarecimento de 3,49%, enquanto o leite longa vida registrou queda de 6,28% após um recuo de 9,91% no mês anterior.

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Já a alimentação fora do domicílio cresceu 0,40%, próximo aos 0,37% do mês anterior. Refeição teve alta de 0,36% em novembro, enquanto lanche subiu 0,54%. Dentro de saúde e cuidados pessoais, os que tiveram maior encarecimento foram os itens de higiene pessoal, com alta de 1,76%, e produtos para pele, com 6,68%. Planos de saúde cresceram 1,21%.

O grupo transportes, por sua vez, que subiu 0,49%, foi impactado pela volta da alta do preços dos combustíveis, de 2,04%, após cinco meses consecutivos de baixas. A gasolina subiu 1,67% em novembro, após uma queda de 5,92% em outubro. Já o etanol subiu 6,16%, enquanto o óleo diesel 0,12%. O gás veicular foi o único item a apresentar queda, de 0,98%. Entre os principais motivos da alta dos preços dos combustíveis estão o encarecimento do etanol e do petróleo no mercado internacional.

É interessante observar que, dentro do grupo de transportes, as passagens aéreas caíram 9,48% após uma alta de 28,17% no mês anterior, o que contribuiu com o principal impacto negativo no índice, de 0,08 ponto percentual. Transporte por aplicativo e automóveis usados também apresentaram queda, de 1,04% e 0,82%, respectivamente.

Já dentro do grupo habitação, houve aumento de 0,55% da taxa de água e esgoto, devido aos reajustes tarifários de 2,59% no Rio de Janeiro e de 2,94% em Porto Alegre. Desde o dia 8 de novembro, passou a vigorar o reajuste de 11,82% no Rio de Janeiro e desde o dia 29 de setembro o de 13,22% em uma das concessionárias de Porto Alegre.

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Apesar de o grupo comunicação ficar estável, houve alta de 2,4% nos planos de telefonia fixa e de 3,09% nos serviços de streaming, porém a queda de 0,35% nos aparelhos telefônicos e de 0,99% nos planos de telefonia móvel neutralizaram a variação do grupo.

Em relação às regiões do país, todas elas tiveram alta, sendo que Recife e Brasília apresentaram a maior variação, de 0,78%. No primeiro, o destaque foi a alta de 4,97% nos preços da gasolina, enquanto no segundo houve alta expressiva da energia elétrica, com 7,44%. Do outro lado, Curitiba teve a menor variação, de 0,11%. Por lá, destacam-se a queda de 3,05% do preço das carnes e de 8,27% das passagens aéreas.

Índice

O cálculo do IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA, com diferença apenas no período de coleta e abrangência. O último IPCA-15 comparou os preços coletados entre os dias 14 de outubro e 14 de novembro de 2022 com os vigentes entre 15 de setembro e 13 de outubro de 2022. Os dados consideram famílias com de 1 a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e o município de Goiânia.

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