Investir em ações requer cautela e tempo
Aplicação oferece ganhos maiores, mas é preciso aceitar o risco de perder dinheiro. Veja as recomendações
Investir em ações requer cautela e tempo. A aplicação oferece ganhos maiores, mas é preciso aceitar o risco de perder dinheiro. Para diminuir as chances de que isso aconteça, na hora de comprar ações reserve apenas a parcela de recursos que não tem data definida para ser usada. Isso porque será possível esperar a rentabilidade desejada, sem se preocupar com o prazo.
Até lá, é preciso ter tranquilidade, pois uma queda das ações não significa que o investidor esteja perdendo dinheiro. Isso só acontece se ele vender as ações. É o que os analistas chamam de ‘realizar o prejuízo’. Ou seja, se não houver venda dos papéis, não há prejuízo. No curto prazo, a única certeza é de oscilação do preço das ações.
O economista Gilberto Souza, da BES, admite que algumas ações oferecem risco aos investidores menos experientes, dado seu potencial de oscilação. É o caso dos papéis de empresas que fazem grandes negócios no exterior, como as exportadoras.
Por sua vez, as ações de companhias com exposição ao mercado doméstico, que está mais aquecido, podem reservar gratas surpresas. Neste sentido, Souza aconselha o investidor a atentar para os papéis de empresas ligadas ao setor de consumo, cujo prognóstico é muito positivo em função do aumento da renda e do emprego no país, além da expansão do crédito.
Já as ações de empresas do setor imobiliário são recomendadas só aos investidores que visam ganhos no curto prazo. A demanda no segmento continua muito forte devido à facilidade de obtenção de crédito e ao bom momento econômico do país. “Acredito que o setor imobiliário vai continuar mostrando resultados favoráveis em vendas”, prevê Souza. Completam o raciocínio os economistas do Santander: “Há um grande déficit na baixa renda, o que pode potencializar a rentabilidade dos investimentos”.