Investigada pela PF, Gradual Investimentos encerra atividades na Bolsa

Executivos da Gradual chegaram a ser presos em investigação sobre utilização de recursos de institutos de previdências municipais em debêntures sem lastro

Por Redação
Atualizado em 15 Maio 2018, 16h14 - Publicado em 15 Maio 2018, 11h41

Fernanda de Lima, presidente da Gradual Investimentos (Paulo Fridman/Corbis/Getty Images)

A Gradual Investimentos anunciou em seu site que está encerrando suas atividades na Bolsa. No comunicado, a empresa informa que realizará as operações “apenas para zeragem e transferência de posições”. A Gradual pede ainda que os clientes aguardem novas instruções.

Executivos da Gradual chegaram a ser presos pela Polícia Federal em abril deste ano durante a Operação Encilhamento, que investiga o envolvimento de corretoras na utilização de recursos de institutos de previdências municipais em debêntures sem lastro. Segundo a PF, os fundos contêm títulos de dívidas sem lastro, emitidas por empresas de fachada – o valor total dos títulos ultrapassa 1,3 bilhão de reais.

Para fazer a transferência de custódia, a Gradual orienta os clientes para que preencham um formulário STVM (Solicitação de Transferência de Valores Mobiliários), reconheçam firma e encaminhem para e-mail custodia@gradualinvestimentos.com.br e atendimento@gradualinvestimentos.com.br. O formulário está disponível no site da corretora.

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Nas redes sociais, clientes da Gradual reclamam da dificuldade de fazer contato com a empresa. Relatam que ligam e mandam e-mail, mas ninguém os atende. Um deles diz que fez uma solicitação de TED na semana passada, que não foi realizada ainda.

Nenhum porta-voz da Gradual foi localizado para dar mais informações sobre o encerramento das atividades na Bolsa. Em seu site, a corretora informa que possui em custódia 7 bilhões de reais e 60.000 clientes.