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Interpol torna público o pedido de prisão de Carlos Ghosn

Autoridades libanesas já tinham sido notificadas na semana passada; empresário foi proibido de deixar o Líbano pela justiça do país

Por da Redação
Atualizado em 9 jan 2020, 14h23 - Publicado em 9 jan 2020, 13h58

A Interpol publicou nesta quinta-feira, 9, em seu site o pedido de prisão de Carlos Ghosn, ex-chefe da aliança automotiva Nissan-Renault-Mitsubishi. No fim de dezembro, o executivo fugiu do Japão, onde responde a processos por crimes de fraude financeira, para o Líbano, país do qual é cidadão. Nascido no Brasil, Ghosn também tem cidadania francesa. As autoridades libanesas haviam sido notificadas na semana passada pela Interpol, após pedido do Japão.

Ainda sem a foto do executivo, o pedido traz o nome completo de Ghosn, sua tripla nacionalidade (brasileiro, libanês e francês), as línguas que ele fala — espanhol, inglês, francês, árabe e português — e as acusações que pesam sobre ele.

As autoridades libanesas disseram que Ghosn entrou legalmente no país e nesta quinta-feira autorizaram que o executivo more no país, mas o proibiram de deixar o Líbano. O país árabe não tem acordo de cooperação judicial ou de extradição com o Japão.

A Interpol não emite mandados de prisão e não pode iniciar investigações ou processos, mas os países-membros e tribunais internacionais podem solicitar a publicação de “alertas vermelhos”. Esses avisos de busca internacional são baseados em mandados de captura nacionais, cujas informações são transmitidas aos outros membros por meio de um banco de dados seguro.

Interpol
Registro da Interpol com o nome e informações do executivo Carlos Ghosn (Reprodução/VEJA)

Ghosn, que chegou a ser o empresário mais bem pago no Japão e uma referência mundial no setor automobilístico, foi preso em novembro de 2018 e respondia em prisão domiciliar desde abril do ano passado. Ele é alvo de quatro acusações no país: duas por sonegação fiscal, por não declarar seus reais rendimentos às autoridades da Bolsa, e outras duas por quebra de confiança agravada.

O ex-chefe da aliança Renault-Nissan deixou o Japão em um jato particular. Ele fez uma escala na Turquia, onde teria apresentado um de seus passaportes franceses e também usou o documento para entrar o Líbano. Ele tinha autorização da justiça japonesa para manter o passaporte trancado em uma mala enquanto seus outros três documentos (um francês, o libanês e o brasileiro) permaneciam sob controle de seus advogados.

Na quarta-feira, durante coletiva de imprensa, Ghosn acusou a promotoria japonesa e a Nissan de um complô contra ele e disse que “fugiu da injustiça”, já que considerava que não tinha chances de um julgamento justo.

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