Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Infraestrutura recebe mais investimento externo

Por Da Redação
22 set 2011, 11h00

Por AE

São Paulo – A participação da infraestrutura nos investimentos estrangeiros atingiu o maior patamar desde a privatização: 35,8% do total recebido pelo Brasil entre janeiro e julho deste ano. Trata-se do maior porcentual desde 2000, quando a fatia do setor alcançou 48,6%, segundo dados da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Nos sete meses de 2011, a infraestrutura recebeu US$ 14,8 bilhões, quase quatro vezes mais que o verificado em igual período do ano passado.

O resultado foi puxado pelos setores de petróleo, energia elétrica e telecomunicações. Nesse último caso, a entrada de dinheiro foi decorrente das operações de compra da OI pela Portugal Telecom e da Vivo, pela Telefónica, que inundou o mercado nacional de dólares. Mas, mesmo excluindo esses valores, o investimento estrangeiro em infraestrutura neste ano continua sendo superior ao verificado nos últimos períodos.

“Mesmo levando em conta que há recursos que entram em operações de reestruturação, o resultado é expressivo e acredito que o País tem potencial para manter a entrada de investimentos estrangeiros em patamar elevado e até crescer ainda mais”, afirma Paulo Godoy, presidente da Abdib. Ele destaca o setor de petróleo, que neste ano recebeu 11,5% dos investimentos estrangeiros nos País. A expectativa é que a exploração do pré-sal atraia uma série de projetos em toda cadeia de fornecedores de equipamentos. Isso sem contar os investimentos diretos na produção de óleo.

Continua após a publicidade

O setor de energia elétrica também teve resultado bastante positivo no período. Recebeu R$ 2,83 bilhões e ficou com 6,9% dos recursos externos. A exemplo do que ocorreu em telecomunicações, o segmento também teve entrada de dinheiro decorrente de aquisições. Mas boa parte do montante foi para tirar novos projetos do papel. A área de energia eólica, por exemplo, atraiu muito capital externo nos últimos meses.

Com a crise internacional e a queda na demanda do mercado americano e europeu, muitas empresas decidiram explorar os ventos brasileiros. As boas oportunidades no mercado interno impulsionaram não apenas o setor como também toda a cadeia de fornecimento de equipamentos. Fabricantes espanhóis, argentinos e indianos desembarcaram no País dispostos a investir para abocanhar uma fatia do mercado.

A atratividade dos setores de telecomunicações, energia elétrica e petróleo, no entanto, não se repetiu na área de transportes e saneamento básico, dois segmentos extremamente carente de investimentos. Uma das explicações é a lentidão do governo federal para realizar leilões de concessão de rodovias e portos. A última licitação de estradas ocorreu em 2009, com a BR-324 e BR-116, na Bahia. De lá pra cá, os únicos leilões realizados foram dos governos estaduais, mas acabaram sendo arrematados por companhias nacionais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.