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Inflação dos EUA diminui expectativa para corte nos juros

Os rendimentos dos títulos de 10 anos do governo sobem mais de 2% e as expectativas de manutenção da taxa crescem de 19% para 91,5%

Por Luana Zanobia 13 fev 2024, 13h04

Os Estados Unidos registraram um aumento significativo na inflação em janeiro, colocando o  banco central americano, o Federal Reserve (Fed), diante do desafio de equilibrar o aperto monetário sem conduzir o país a uma recessão, enquanto busca manter a inflação ancorada à meta de 2%. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou um avanço de 0,3% durante o mês, superando as previsões que projetavam uma alta de apenas 0,2%, elevando a taxa de inflação anual para 3,1%, acima das expectativas de 2,9%.

Os economistas expressam decepção com os dados, apontando que os números foram mais otimistas do que o esperado, o que sugere que o banco central americano precisará de mais dados e tempo antes de iniciar um ciclo de corte de taxas. Além disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou, nos últimos dias, que a economia americana segue robusta, argumentando que isso proporciona ao Fed mais tempo para analisar os dados sem se preocupar com taxas excessivamente altas que poderiam prejudicar o crescimento econômico.

Antes da divulgação, os preços de mercado indicavam uma inclinação para o primeiro corte das taxas em maio, com a possibilidade de até cinco cortes de ponto percentual antes do final de 2024. Em janeiro, a aposta de manutenção dos juros no atual patamar, na faixa entre 5,25% a 5,5%, para a reunião de março era de 19%, agora essa expectativa cresceu para 91,5%. Para maio, a expectativa de manutenção dobrou, de 39,3%, há um dia atrás, para 62,9%, enquanto a de corte caiu de 52,2% para 34,4%, segundo a ferramenta FedWatch.

Em resposta aos números de inflação, os rendimentos dos títulos de 10 anos do governo sobem mais de 2%. O aumento nos rendimentos dos títulos do governo pode ser interpretado como uma antecipação de que Fed pode elevar as taxas de juros para controlar a inflação ou para prevenir um superaquecimento econômico. Em resposta a esse aumento nos rendimentos dos títulos e às expectativas de taxas de juros mais altas, os principais índices das bolsas de valores americanas experimentam uma queda generalizada nesta terça-feira, 13.

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Isso ocorre porque taxas de juros mais altas tornam os investimentos em renda fixa, como títulos do governo, mais atraentes em comparação com investimentos em renda variável, como ações. Consequentemente, os investidores podem vender suas ações em busca de retornos mais favoráveis em títulos de renda fixa, o que pressiona os preços das ações para baixo.

O aumento nos rendimentos dos títulos também gera uma valorização do dólar, que é negociado em alta nesta terça-feira. Isso acontece porque taxas de juros mais altas nos Estados Unidos podem atrair investidores estrangeiros em busca de maiores retornos em seus investimentos. Como resultado, a demanda pelo dólar aumenta, levando a uma valorização da moeda em relação a outras moedas estrangeiras.

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