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Inflação chinesa mantém viés de ações pró-crescimento

Por Da Redação
9 abr 2012, 13h13

PEQUIM, 9 Abr (Reuters) – A taxa de inflação anual da China subiu mais do que o esperado em março, para 3,6 por cento, na medida em que os preços dos alimentos continuaram voláteis, mas economistas acreditam que as pressões de preços vão se amenizar no restante do ano, dando a Pequim a flexibilidade para afrouxar a política monetária a fim de apoiar o crescimento.

As expectativas de que um esfriamento da economia tenha eclipsado a inflação como maior preocupação do governo no curto prazo foram reforçadas por preços ao produtor surpreendentemente suaves, com queda de 0,3 por cento em relação a um ano antes, levantando preocupações de que isso indicou enfraquecimento da demanda.

Analistas disseram que os dados de preços desta segunda-feira sugerem que a inflação da China está prestes a ficar moderada, em vez de desacelerar dramaticamente nos próximos meses, e que Pequim provavelmente vai cumprir sua meta de inflação para 2012, de 4 por cento, mesmo se afrouxar lentamente a política monetária.

Economistas consultados pela Reuters tinham previsto que a inflação ao consumidor na China ficaria em 3,3 por cento em março na comparação com um ano antes, ante 3,2 por cento em fevereiro, enquanto os preços ao produtor cairiam 0,2 por cento.

“Nada nesse número de março vai contra a visão confortável de que a inflação está em tendência de baixa”, disse o diretor de pesquisa econômica asiática do ING em Cingapura.

“A tendência geral é que os alimentos puxem para baixo os preços ao longo de todo este ano”, afirmou.

Divulgada mais cedo neste mês, a pesquisa do Índice de Gerente de Compras(PMI) mostrou que a inflação de industrializados acelerou com alta de combustíveis e os custos de matérias-primas brutas.

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As recentes publicações também coincidem com o aumento do salário mínimo na China, que Pequim prevê que deve crescer 13 por cento por ano nos próximos cinco anos, para angústia de empregadores que convivem com pequenos lucros.

O número desta segunda-feira ainda mostrou que a inflação do produtor chinesa, que nem sempre antecipa a inflação do consumidor, está desacelerando em todos os setores. A desaceleração foi mais acentuada no setor de mineração.

“Minha preocupação não é sobre o índice de preços ao consumidor, mas sobre o índice preços ao produtor (PPI). Nós estamos preocupados com o PPI há algum tempo”, disse o analista da IHS Global Insight, em Pequim, Ren Xianfang.

Economistas esperam que o número de sexta-feira mostre que a segunda economia do mundo expandiu no menor ritmo em cerca de três anos no primeiro trimestre de 2012, a 8,3 por cento, deixando a China a caminho de seu crescimento mais fraco em dez anos.

Analistas têm esperado amplamente que o ciclo de crescimento caia no primeiro trimestre do ano.

INFLAÇÃO DE ALIMENTOS

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A inflação da China teve média de 3,8 por cento no primeiro trimestre, um nível não distante da meta de Pequim em 2012 e que analistas disseram ser um sinal de que a inflação não vai esfriar bruscamente nos próximos meses.

Últimos números do órgão oficial de estatísticas chinês mostraram que os preços de alimentos, grandes responsáveis pela inflação, aumentaram o índice de preços ao consumidor em 2,4 por cento em março, ficando resistentemente em alta em alguns itens.

Preços de vegetais, notoriamente voláteis e difíceis de prever no país asiático, subiram 6 por cento ante o mês anterior, atingindo alta de 20,6 por cento no ano até março.

Mas a inflação de outros itens agropecuários está desacelerando. O preço da carne de porco, importante na alimentação chinesa, subiu 11,3 por cento ante o ano passado, mas caiu 4,8 por cento em fevereiro.

(Reportagem de Koh Gui Qing, reportagem adicional de Nick Edwards, Lucy Hornby e Niu Shuping)

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