Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Indústria é pilar para o desenvolvimento, diz Dieese

Por Da Redação
15 mar 2012, 14h25

Por Francisco Carlos de Assis

São Paulo – Os fracos números da produção industrial de 2011, alta de apenas 0,3% ante 2011, que também já se refletem neste início de ano (em janeiro, a indústria recuou 2,1% na comparação com dezembro) reforçaram as percepções de que o País passa por um processo de desindustrialização. O próprio governo admitiu, nesta semana, publicamente a fragilidade do setor, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a indústria brasileira precisa de proteção contra os importados, beneficiados pela taxa de câmbio. O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, diz que a indústria está diretamente associada à estratégia mais geral de desenvolvimento de qualquer país.

Para Lúcio, a economia brasileira se reestruturou com base na renda via crédito, o que nem sempre é o caminho mais saudável, enquanto os investimentos em produção foram relegados a um segundo plano. “Tornou-se uma questão estrutural, porque além de a economia ter sido estruturada com base na renda do crédito, a indústria passou a sofrer os impactos negativos de um câmbio valorizado, gerando forte concorrência da indústria chinesa”, diz. “Essa combinação fragiliza a nossa estratégia industrial. Penso que daqui a um ano poderemos sofrer novamente as consequências estruturais, com queda continuada da renda, do trabalho, do emprego na indústria e descontinuidade dos investimentos”.

No setor calçadista, por exemplo, um dos mais atingidos pelo câmbio valorizado e a concorrência dos importados mais baratos da China, só em 2011 foram fechados 11 mil postos de trabalho, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

O quadro de funcionários na indústria calçadista encerrou 2011 com um total de 337,5 mil empregados depois de ter contabilizado 347,1 mil trabalhadores no final de 2010. A situação neste segmento é preocupante porque essa mão-de-obra passa para os setores da construção civil e serviços. “Os trabalhadores, quando não vão para a construção, abrem pequenos negócios”, diz a Abicalçados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.