Indústria da zona do euro tem maior ritmo de expansão em 2 anos e meio
Avanço da indústria alemã, a mais importante da região, influencia a melhora no indicador; Espanha e França seguem em queda
A demanda por bens industriais foi o motor da expansão da atividade industrial na zona do euro em novembro. O Índice dos Gerentes de Compras (PMI), que mede o desempenho da atividade de manufatura do país, registrou o ritmo mais rápido de crescimento em mais de dois anos, ao passar de 51,3 pontos em outubro para 51,6 pontos no mês passado. O índice que mede a produção avançou de 52,9 para 53,1 pontos. Novembro foi o quinto mês em que o índice ficou acima do nível de 50, o que indica crescimento. Trata-se do melhor resultado desde junho de 2011.
O crescimento, contudo, não é suficiente para colocar a indústria europeia em situação confortável. O instituto de pesquisas Markit, responsável pelo levantamento dos dados, informou que há ainda evidências de contração na França e na Espanha. “As pesquisas PMI da indústria de novembro trazem boas notícias de forma geral, mas sugerem que ainda há muito para se preocupar com a economia da zona do euro. A grande preocupação é a França”, disse o economista-chefe da entidade, Chris Williamson.
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O PMI da França despencou de 49,1 pontos para 48,4, a mínima em cinco meses e 21º mês abaixo de 50 pontos, o que indica contração da atividade. Enquanto isso, a Espanha retornou para o patamar de contração após ter ficado os últimos três meses na zona de crescimento.
A pesquisa ainda mostrou que a indústria da Alemanha expandiu na taxa mais rápida em quase dois anos e meio em novembro, ajudando a sustentar a recuperação moderada na maior economia da Europa.
O PMI final para o setor industrial da Alemanha subiu para 52,7 em novembro ante 51,7 pontos em outubro, sustentado por um crescimento mais rápido na produção e em novos negócios. “O cenário para o setor industrial alemão parece estar melhorando, uma vez que a demanda deve se fortalecer gradualmente em importantes mercados desenvolvidos”, disse o economista-sênior do Markit, Tim Moore.
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(com agência Reuters)