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Incerteza na Espanha faz bolsas recuarem nos EUA e no Brasil

Para analista, mercados estão cansados de planos de ajuda inconsistentes lançados a conta-gotas na Europa

Por Da Redação
11 jun 2012, 18h11

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte na segunda-feira, revertendo a direção da abertura, depois de sumir o entusiasmo inicial com os sinais de que a União Europeia dará ajuda financeira para o sistema bancário da Espanha. O índice Dow Jones chegou a subir quase 100 pontos antes de mudar a direção.”É como o Dia da Marmota: os mercados estão cansados desses planos de ajuda inconsistentes e lançados a conta-gotas na Europa”, comentou Adrian Cronje, da corretora Balentine. Para Ben Halliburton, diretor da Tradition Capital Management, a Europa fica adiando o dia da prestação de contas.

As ações dos bancos estavam entre as que mais caíram (Citigroup -4,65%, Bank of America -3,70%, JPMorgan Chase -2,55%, Goldman Sachs -1,84%), assim como as do setor de tecnologia (Hewlett-Packard -3,52%, Microsoft -2,46%). As da Apple caíram 1,58%, apesar de a empresa ter lançado novos produtos; as do Facebook recuaram 0,30%. As ações de indústrias cujo desempenho depende do comportamento da economia também sofreram quedas fortes, entre elas Alcoa (-2,35%) e Caterpillar (-2,75%).

O índice Dow Jones terminou em queda de 142,97 pontos (1,14%), aos 12.411,23 pontos. O Nasdaq encerrou com desvalorização de 48,69 pontos (1,70%), a 2.809,73 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 16,73 pontos (1,26%), em 1.308,93 pontos. O NYSE Composite finalizou em baixa de 94,49 pontos (1,25%), em 7.459,29 pontos.

Brasil – Em mais um pregão volátil, a Bovespa encerrou os negócios em queda nesta segunda-feira, com seu principal índice sendo pressionado pelo recuo das blue chips, depois que o pacote de resgate da União Europeia aos bancos da Espanha surtiu pouco efeito em eliminar receios sobre a crise no bloco.

O Ibovespa recuou 0,79%, a 54.001 pontos. Na máxima do dia, no entanto, o índice chegou a subir 1,78%, a 55.400 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,42 bilhões de reais. “Os mercados compraram a expectativa da blindagem dos bancos, mas ainda existem muitas incertezas associadas ao anúncio do resgate dos bancos na Espanha”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. “Também permanece muita preocupação com as eleições da Grécia no fim de semana.”

Os principais mercados acionários tiveram um entusiasmo inicial após o anúncio de que os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram no final de semana um pacote de 100 bilhões de euros para os bancos da Espanha. Mas o otimismo logo cedeu lugar às dúvidas sobre como será feito o resgate, além dos temores com as eleições na Grécia, que devem determinar o futuro do país na zona do euro, esfriando o ânimo dos mercados e levando bolsas ao vermelho.

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Mais cedo, o principal índice de ações europeias desacelerou os ganhos e fechou em leve alta de 0,08%.

Brasil – Na BM&FBovespa, o tombo das blue chips pesou no Ibovespa, com destaque para OGX, que caiu 7,4%, a 9,39 reais, seguida pela preferencial da Petrobras, que recuou 2,6%, a 18,39 reais, refletindo também o recuo dos preços de petróleo no mercado internacional.

Ainda entre as ações mais negociadas, a preferencial da Vale recuou 1,18%, a 36,89 reais, após os dados acima do esperado de exportação da China não serem suficientes para sustentar a alta que o papel marcou no início dos negócios. TAM reduziu as perdas nos ajustes finais do pregão e fechou em queda de 2,1%, a 41,51 reais, após ter chegado a cair mais de 10% no início da tarde. O movimento antecede a oferta de permuta para fechamento de capital da companhia, com leilão marcado para terça-feira. Na outra ponta, Gafisa subiu 8,47%, a 2,69 reais, ainda refletindo o anúncio da semana passada de emissão de ações para compra dos 20 por cento de participação que ainda não detém na Alphaville Urbanismo.

Segundo analistas, a proposta foi vista pelo mercado como positiva, já que o preço fixado para a emissão das ações é de 5,11 reais, que indica prêmio sobre o valor de mercado, também indicaria diluição menor que a esperada para os acionistas da companhia. Para o analista Eduardo Dias, da corretora Omar Camargo, o cenário externo deve continuar pesando na Bovespa e impondo volatilidade aos negócios na bolsa local. “Para os atuais níveis de taxas de juros no Brasil, se não houvesse fatores exógenos, a bolsa estaria melhor. Mas com toda essa polêmica no cenário internacional, o mercado local também sofre.”

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(com Agência Estado e Reuters)

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