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IGP-DI teve influência de alta do dólar e de commodities

Por Da Redação
8 Maio 2012, 13h33

Por Daniela Amorim

Rio – A alta de 1,02% da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ainda teve forte impacto da soja, mas também de produtos no atacado, que começam a refletir o repasse da alta do dólar ante o real, e do aumento de algumas commodities. A taxa do IGP-DI em abril foi a maior desde novembro de 2010, quando tinha atingido 1,58%.

“Ainda é um resultado dominado pelos efeitos da soja, mas já não tanto quanto na última leitura”, disse Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Ibre/FGV. “O IGP de agora quase dobrou e, nessa duplicação, a soja ainda teve efeito, mas não é tão concentrado assim. Tem também a alta de produtos químicos, tem um pouco de efeito de câmbio (alta do dólar) na celulose e no minério de ferro.”

A FGV calculou que o dólar, após uma queda de 4% em fevereiro, teve alta de 4,48% em março e de 3,32% em abril. Segundo Quadros, há uma percepção de que o câmbio não voltará ao patamar de fevereiro. Por isso começou a haver repasses para os produtos.

“O câmbio não vai voltar para R$ 1,70, pelo menos no curto prazo. O discurso do governo é forte, as ações são fortes. Então, há a interpretação de que houve uma mudança no patamar, de que tem alguma coisa aqui de permanente. Toda vez que há a percepção de que o câmbio é mais duradouro, de que a mudança é mais permanente, alguma coisa disso é repassado para os preços”, explicou Quadros.

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A análise é de que o câmbio saiu da neutralidade para fazer uma pressão positiva sobre os preços do atacado. “Não é o fator mais relevante, mas pode estar presente, sobretudo nessa área de insumos industriais, de celulose e produtos químicos”, lembrou o economista do Ibre/FGV.

Os preços no atacado foram os grandes responsáveis pela alta no IGP-DI em abril. O IPA-DI, que aumentou de 0,55% em março para 1,25% em abril, teve grande influência dos materiais e componentes para manufatura, responsáveis por metade dessa aceleração (0,48 ponto porcentual). Entre os principais impactos estão o alumínio, que saiu de -4,21% em março para 7,82% em abril; celulose, de -1,56% para 4,50%; farelo de soja, de 5,58% para 11,58%; ferro e ligas, de -2,50% para 7,28%; intermediários para Resinas e fibras, de 0,30% para 4,04%; polietileno de alta densidade, de 2,22% para 5,42%; PVC, de 1,84% para 2,83%; produtos químicos orgânicos, de 2,03% para 5,01%; e zinco, de -2,57% para 13,35%.

“O aumento de ferro e liga e de celulose tem tanto efeito do câmbio, com também de empresas que estão aumentando o preço em dólar”, apontou Quadros. “O Índice de commodities realmente está dando uma viradinha nesse início do ano. Então eu associo essa virada no IGP a esse movimento das commodities. O IGP tem muita influência das commodities”, finalizou.

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