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IGP-DI retoma inflação em janeiro, mas deve arrefecer

Por Da Redação
8 fev 2012, 13h09

Por José de Castro e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO, 8 Fev (Reuters) – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em janeiro, revertendo a deflação vista em dezembro, com todos os subíndices registrando alta nos preços. Mesmo assim, a expectativa é de desaceleração daqui para frente, segundo os especialistas.

O indicador avançou 0,30 por cento no mês passado, ante queda de 0,16 por cento em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam inflação de 0,32 por cento, segundo a mediana de 16 previsões. Em janeiro de 2011, o IGP-DI tinha avançado 0,98 por cento e agora, no acumulado de 12 meses, o índice tem alta de 4,29 por cento, a menor variação desde abril de 2010, quando subiu 2,95 por cento.

“Os índices tiveram pressões em janeiro com características transitórias. Não estamos iniciando um novo ciclo de aceleração”, afirmou o economista da FGV, Salomão Quadros ao destacar também que o cambio pode ser novamente um fator de contenção da inflação.

“Imaginamos que em fevereiro a taxa será igual ou ligeiramente inferior à de janeiro”, acrescentou ele.

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O Índice de Preços por Atacado-Disponibilidade Interna (IPA-DI) -que calcula os preços de bens agropecuários e industriais nas transações comerciais em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI- teve variação positiva de 0,01 por cento, ante queda de 0,55 por cento em dezembro.

As matérias primas brutas agropecuárias foram as vilãs do IGP-DI de janeiro. Destaque para o salto de 8,88 por cento nos preços do milho em grão, após recuo de 4,90 por cento em dezembro. Os custos da soja em grão subiram 3,74 por cento em janeiro, revertendo a deflação de 1,88 por cento no mês anterior.

“A seca no sul do Brasil e também na Argentina, dois grandes produtores mundiais, prejudicou a produção e isso se refletiu imediatamente na cotação internacional desse dois produtos”, declarou Quadros “O patamar de preços já mudou e o ajuste foi feito com a produção menor. Com isso, todo o efeito da alta do milho e da soja fica concentrado no mês de janeiro”, acrescentou o economista da FGV

O Índice de Preços ao Consumidor-Disponibilidade Interna (IPC-DI) -que mede a evolução dos preços às famílias com renda entre 1 e 30 salários mínimos mensais e que corresponde a 30 por cento do IGP-DI- acelerou a alta em janeiro a 0,81 por cento, frente à taxa de 0,79 por cento no mês anterior.

Nesse subíndice, os preços de curso de ensino superior saltaram 6,70 por cento, ante estabilidade em dezembro. A tarifa de ônibus urbano também pesou, com alta de 2,60 por cento, contra variação positiva de 0,02 por cento.

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“Esse é mais um impacto que fica restrito a janeiro”, avaliou Quadros.

O núcleo do IPC-DI, no entanto, desacelerou a alta, registrando inflação de 0,37 por cento em dezembro, ante 0,62 por cento.

Representando 10 por cento do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção-Disponibilidade Interna (INCC-DI) -que mede a evolução de custos na construção civil- avançou 0,89 por cento em janeiro, acelerando em relação à alta de 0,11 por cento de dezembro.

O movimento foi puxado principalmente pelo aumento nos custos com ajudante especializado (+1,32 por cento em janeiro, ante estabilidade em dezembro) e servente, com avanço de 1,35 por cento, contra estabilidade em dezembro.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

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