Ibovespa recua em meio a tensão política e expectativa por decisões de juros
Mercado reage a possível candidatura de Flávio Bolsonaro e aguarda sinalizações do Fed e do Banco Central na véspera da super quarta
O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (09) atingindo 158 000 pontos enquanto investidores preparam para as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central, com cenário político no radar.
A possível candidatura de Flávio Bolsonaro voltou a pairar sobre os mercados nacionais na segunda-feira, após a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro o escolheu para ser candidato à Presidência. Depois de ter sugerido que poderia recuar mediante um “preço”, Flávio reafirmou na segunda-feira que sua candidatura à Presidência da República é irreversível. No mesmo dia, o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome preferido pelo mercado, reiterou seu apoio a Bolsonaro e declarou que caminhará ao lado de Flávio. Com isso, cresce a tensão à espera das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, previstas para quarta-feira.
Entre os grandes bancos listados, apenas o Banco do Brasil (BBAS3) terminou o dia no campo positivo, com leve alta de 0,19%. O pior desempenho veio do Santander (SANB11), que caiu -1,98%, seguido por Bradesco (BBDC4) com -0,82% e Itaú (ITUB4) com -0,14%.
Cenário internacional
No exterior, a expectativa segue dividida: enquanto o mercado projeta manutenção da Selic em 15% no Brasil, nos EUA prevalece a leitura de que o Fed deve anunciar um corte de 25 pontos-base. Em ambos os casos, o foco dos agentes financeiros estará no sinal dado sobre os próximos passos da política monetária.
O dólar retomou a alta ante o real nesta terça, revertendo o movimento da véspera. A moeda americana se fortalece também nas demais praças globais, contribuindo para a leve alta de 0,14% do índice DXY, que alcança 99,23 pontos. Nos índices futuros de Nova York, os movimentos são discretos: Dow Jones Futuro avança 0,08%, S&P Futuro sobe 0,09% e Nasdaq Futuro registra alta de 0,06%.
De acordo com Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o fortalecimento da moeda americana ocorre em meio a um ambiente de maior prudência diante dos ruídos políticos domésticos e da aproximação da “super quarta”. “Nos EUA, dados do mercado de trabalho divulgados hoje vieram mais fortes do que esperado o que contribuiu para fortalecimento do dólar a nível global. No entanto, o mercado ainda trabalha com a expectativa de quase 90% de corte do Fed amanhã, deslocando o foco para o tom do comunicado”, afirma.
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