Ibovespa opera em forte queda e dólar sobe com crise entre China e EUA
As retaliações anunciadas pelos chineses ao taxar produtos americanos derrubam bolsas do mundo. Por volta das 13h, o Ibovespa operava em queda de 2,50%
O acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China repercute no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira, 13. O dólar comercial chegou a bater os 4 reais e a bolsa opera em forte queda. Por volta das 13h, o dólar comercial era vendido a 3,983 reais, alta de 0,99%, e o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, registrava queda de 2,50%, aos 91.904 pontos.
Na máxima do dia, o dólar era vendido a 4,0054 reais por volta das 9h30. Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,24%, a 3,9443 reais na venda e o Ibovespa fechou em baixa de 0,58%.
Nesta segunda-feira, o Ministério das Finanças da China informou que 5.140 produtos norte-americanos ficarão sujeitos a várias taxas a partir de 1º de junho. Pequim já havia definido taxas adicionais de 5% e 10% para 5.207 produtos norte-americanos no valor de 60 bilhões de dólares em setembro e alertou na época que responderia a qualquer tarifa mais alta imposta por Washington aos produtos chineses.
A medida é uma retaliação dos chineses após, na semana passada, os EUA intensificarem a guerra comercial com elevação das tarifas em vigor sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses.
O mercado financeiro americano reagiu mal, com fortes baixas nas bolsas. Por volta das 12h40, o índice Dow Jones registrava queda de 2,35%, o S&P 500 recuava 2,25% e o Nasdaq tinha perda de 3,18%. A medida também teve repercussão em outros mercados mundiais. Na Europa, as bolsas da Alemanha (-1,40%), Londres (-0,55%) e Paris (-1%) operavam em queda por volta das 12h40.
As bolsas asiáticas fecharam antes do anúncio chinês, mas registraram quedas na expectativa da retaliação. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,21% No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,72% e a Bolsa de Seul, na Coréia, teve queda de 1,38%.
(Com Reuters)