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HRT encontra gás, mas pouco óleo desagrada mercado

Por Da Redação
3 jan 2012, 18h20

Por Sabrina Lorenzi

RIO (Reuters) – A petroleira HRT frustrou investidores nesta terça-feira ao anunciar estimativas positivas de produção de gás, mas dados fracos em potencial de óleo em uma de suas descobertas na Amazônia.

Após a empresa brasileira informar dados preliminares de potencial de até 750 mil metros cúbicos de gás e de mil barris de condensado por dia na acumulação, suas ações recuaram, fechando em queda de 12,9 por cento, num dia em que o petróleo negociado nos EUA subiu mais de 4 por cento.

O papel da Petrobras acompanhou os ganhos da commodity, e o da OGX subiu 1,3 por cento, enquanto o Ibovespa encerrou com alta de 2,4 por cento.

Analistas consultados pela Reuters avaliam que o volume de gás e as condições geológicas dos reservatórios da HRT na Bacia do Solimões superam expectativas. Os volumes de petróleo, contudo, ficaram aquém do esperado.

“Existia no mercado alguma expectativa de que houvesse líquido condensado”, afirma o analista Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora. “Acreditamos no potencial geológico, tem melhores características de permeabilidade do que esperávamos, mas em termos de valuation (valor do ativo) há esse efeito negativo (da falta de petróleo)”, acrescentou.

Uma preocupação constante do mercado com relação à performance da HRT, segundo o analista, é a falta de logística própria para transportar o gás da floresta Amazônica para os centros de consumo, devendo a companhia depender de dutos da Petrobras para o escoamento.

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A empresa concluiu teste de formação pelo qual confirma potencial de produção de até 250 mil metros cúbicos de gás natural e 300 barris de condensado diários em reservatório da formação Juruá, localizada no bloco SOL-T-194.

“A parte de condensado parece que tem qualidade muito boa, mas uma quantidade muito pequena em relação à quantidade de gás”, disse o analista Lucas Blender, da Geração Futuro Banco de Investimentos.

Ele pondera que o comunicado desta terça-feira não é o único fato que explica a queda dos papéis da companhia, pois o mercado já sabia que a região é potencial produtora de gás – e não de petróleo -, a exemplo de campos vizinhos já explorados pela Petrobras, como Urucu, uma importante reserva de gás natural situada no meio da selva.

“A queda está relacionada ao comunicado mas também associada ao perfil de risco da HRT, que ainda tem um longo caminho a percorrer em petróleo”, disse Blender.

A companhia é operadora de 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões e de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia.

“O resultado do teste de formação do poço HRT-4 no bloco SOL-T-194 representa uma conquista para HRT. Dentro de um programa exploratório, diversas etapas devem ser superadas, e a HRT deu um passo importante na direção de tornar-se uma empresa operacional com este resultado”, disse a empresa por meio de sua assessoria de imprensa em email enviado à Reuters.

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A companhia acrescentou que o condensado encontrado “é tipicamente negociado ao preço de Brent – eventualmente com um prêmio – o que torna este potencial de produção atrativo”.

Disse ainda que, nos próximos meses, concentrará esforços em buscar as melhores alternativas comerciais para gás e condensado naquele polo.

A sonda que realizou o teste permanecerá no bloco na Amazônia para perfurar um poço de extensão e, assim, melhor estimar o potencial comercial de toda a acumulação, “que pode alcançar até 750 mil metros cúbicos de gás e 1.000 barris de condensado por dia”.

“Confirmamos a presença de vários reservatórios com capacidade de produção na Formação Juruá neste poço e provamos a existência de uma acumulação de gás e condensado no bloco”, assinala a HRT em comunicado.

O poço 1-HRT-4-AM atingiu 2,80 mil metros de profundidade e está localizado a cerca de 25 km sul do Pólo de Urucu, grande produtor de óleo e gás natural da Petrobras. A HRT O&G detém 100 por cento de participação neste bloco.

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