Honda mira 25% do mercado de pequenos jatos executivos
A promessa da Honda é entregar jatos com turbinas mais silenciosas, eficiência de combustível 20% maior e custos operacionais menores
A Honda Motor espera conquistar pelo menos 25% do mercado mundial de jatos executivos de pequeno porte logo depois de entregar sua primeira aeronave no ano que vem, disse um executivo da companhia. A terceira maior fabricante de carros do Japão e maior nome do mundo em motocicletas e motores, está prestes a conseguir uma certificação do Hondajet de 4,5 milhões de dólares e com isso aumentar o ritmo da produção para 80 por ano no primeiro semestre de 2013.
Três dias após começar a aceitar pedidos, em 2006, a Honda já havia recebido mais de 100 encomendas do jato de sete lugares. A promessa da empresa é entregar jatos com turbinas mais silenciosas, uma eficiência de combustível 20% maior que a dos concorrentes e custos operacionais menores. O número atualizado de encomendas da companhia não foi divulgado, mas o presidente-executivo da Honda Aircraft Company, Michimasa Fujin, disse já ter um backlog de cerca de três anos, feitos por meio de representantes na América do Norte e na Europa.
“Estou muito otimista com nossas perspectivas”, declarou Michimasa Fujina um pequeno grupo de jornalistas na sede da Honda em Tóquio, nesta segunda-feira. O presidente deu início à incursão da Honda no setor aeroviário, em 1986, possui planos de fabricar aviões que remontam ao icônico fundador, Soichiro Honda. A partir da diversificação, a companhia será a única fabricante de carros do mundo a produzir o próprio avião.
“Estamos fazendo com a HondaJet o que a Civic fez com os carros dos Estados Unidos a partir da década de 1960. Nossos concorrentes ainda estão produzindo com tecnologia dos anos 1990”, afirmou. Fujino fez referência ao Cessna, da Textron, e à Embraer, que agora domina o mercado de jatos executivos de pequeno porte, estimado em 200 aeronaves por ano. A expectativa da Honda Aircraft é gerar lucro a partir de 2018, segundo Fujino.
Recuperação do mercado após baixa- O setor de jatos executivos deve se recuperar neste ano após a crise econômica mundial ter prejudicado as vendas nos últimos três anos. Apesar de o mercado de jatos executivos de pequeno porte ser tradicionalmente limitado à América do Norte e à Europa até agora, Fujino disse ter recebido uma ligação por semana da China, tanto de potenciais compradores quanto de revendedores.
Mercados emergentes – Segundo Fujino, há, inclusive, planos para entrar nos mercado brasileiro e chinês antes do que o previsto. O interesse vindo do Brasil, Índia e Oriente Médio foi maior do que ele previa. “Neste momento queremos nos focar em entregar as encomendas que já temos, mas eu gostaria de entrar no Brasil e na China mais cedo do que o planejado”, disse, sem especificar um prazo. A demanda em países emergentes pode elevar o mercado mundial de “jatinhos” para 300 por ano, estimou o executivo.
(Com Reuters)