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Hoje é dia de superquarta: entenda a importância dos juros de Brasil e EUA

Mercado aguarda manutenção na taxa americana e corte de meio ponto na Selic, levando os juros a 11,25% ao ano; olhos se voltam para comunicados

Por Larissa Quintino 31 jan 2024, 09h34

O último dia de janeiro marca a primeira decisão sobre os juros no Brasil. Porém, não é só aqui: os investidores tem um dia cheio com a superquarta, já que o banco central dos Estados Unidos, o Fed, também divulga sua decisão sobre as taxas por lá. O patamar dos juros brasileiros e da economia americana mexem com o mercado, já que ditam o ritmo da economia brasileira e da maior economia do mundo, além de terem impacto direto nos investimentos. Há consenso entre os investidores que o Fed manterá a taxa no intervalo de 5,25% a 5,50%, enquanto que no Brasil é esperado um corte de meio ponto percentual, levando a Selic a 11,25% ao ano, menor patamar desde março de 2022.

Os juros nos EUA interessam bastante o mercado brasileiro porque há uma preferência dos investidores pelos ativos do Tesouro dos Estados Unidos, o investimento com menor risco de crédito do mundo. Como há consenso sobre as decisões, os olhos dos economistas se voltam aos comunicados dos bancos centrais. “Estes documentos trazem esclarecimentos importantes sobre a visão dos referidos bancos para movimentos futuros”, afirma o economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

No Brasil, o processo de desinflação — grande motivo para que o Comitê de Política Monetária (Copom) começasse a cortar os juros — segue, mas em rimo mais lento. A prévia da inflação de janeiro marcou desaceleração de 0,31%, mas os núcleos persistentes e a alta nos alimentos podem colocar um tom de cautela no comunicado, e mostrar até quando o BC pretende cortar meio ponto. “A inflação é um ponto primordial para a decisão de juros em qualquer parte do mundo. Aqui no Brasil, o índice subiu 0,28%, abaixo da expectativa 0,30%. Então, dá para observar bastante a precificação do mercado e do próprio Banco Central de um ajuste de 0,5 ponto percentual da Selic. E até os componentes que apresentaram altas mostram que a elevação foi muito mais por questões climáticas, confirmando um dado bastante positivo. Já nos Estados Unidos, a grande expectativa é de que o FED comece entre abril e maio a planejar o corte de juros”, diz Bruna Caetano, economista e sócia do escritório de investimentos Blue3.

Taxas mais baixas aqui e altas nos EUA podem tornar o Brasil menos interessante aos olhos dos investidores, porém como elas continuarão em patamar elevado aqui, chegando a 11,25% no caso de corte de meio ponto percentual, o Brasil continuará atrativo para os investidores. Volnei explica que do lado dos investimentos o Brasil é o único país emergente cujos títulos ainda estão atrativos. “Isso pode atrair capital estrangeiro. A China, por sua vez, tenta emplacar reforço financeiro em seu mercado, mas os investidores internacionais estão temerosos em relação ao país asiático, cujos indicadores econômicos apontam para um crescimento menor”, frisa.

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