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‘Encrenca difícil de administrar’: o desabafo de Haddad após semana tensa

Ministro enfrenta sua crise mais aguda desde que assumiu a Fazenda. Em evento, ele disse que políticos e empresários nem sempre estão 'pensando no país".

Por Larissa Quintino Atualizado em 15 jun 2024, 17h13 - Publicado em 15 jun 2024, 16h53

A última semana não foi fácil para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A crise desencadeada pela devolução da medida provisória do PIS/Cofins mostrou uma inédita fragilidade do chefe da área econômica do governo, que desencadeou no aumento da percepção de risco fiscal no país. Neste sábado, em evento em São Paulo, Haddad falou em tom de desabafo. Segundo ele, o país é uma “encrenca” e nem sempre decisões de políticos e grandes empresários que nem sempre são “pensando no país”.

As declarações aconteceram durante participação do ministro em painel no evento “Despertar Empreendedor”, promovido pelo empresário e ex-banqueiro Eduardo Moreira, criador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL).

O Brasil é uma encrenca, né? É um negócio difícil de administrar. Às vezes, quem está numa posição de poder não está fazendo a coisa certa pelo país. Isso é a coisa mais triste da vida pública. Você tem país de ouro, povo de ouro, uma coisa maravilhosa, mas vê que quem pode fazer a diferença nem sempre está pensando em interesse público. E devia estar porque está numa posição de poder, ou porque é grande empresário ou um político com mandato. Você fala, ‘Pô, essas pessoas não estão pensando no país?”, afirmou. 

Na terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) devolveu a medida provisória que limitava o uso de créditos tributários. O texto foi editado para compensar a renuncia fiscal trazida com a desoneração da folha de pagamento, aprovada no Congresso no fim do ano passado, apesar da oposição da Fazenda. Como mostra reportagem de VEJA, a MP não foi bem recebida por ter vários problemas. Ao invés de arranjar uma solução para arrecadação (estimada em 29 bilhões de reais), Haddad criou baita problema para si. Apesar do tom de desabafo das falas deste sábado, o ministro evitou tocar diretamente no assunto.

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Depois da devolução do texto, da reação do mercado financeiro — entre ela a disparada do dólar — o ministro está pressionado a apresentar uma agenda de redução de gastos pelo governo federal. O desafio de Haddad é conseguir implantar a agenda em um governo com viés gastador. Neste sábado, o presidente Lula admitiu discutir reduções com Haddad, mas disse que não admite cortes na área social.

 

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