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Haddad diz que é preciso repensar instituições diante da crise climática

O ministro voltou a defender a taxação de super-ricos como forma de financiar um combate às mudanças climáticas

Por Kaype Abreu Atualizado em 23 Maio 2024, 15h14 - Publicado em 23 Maio 2024, 14h52

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 23, que é preciso repensar as instituições diante da concentração de renda, fome e emergência climática. “Não adianta seu país resolver a crise climática”, afirmou em discurso de encerramento do Simpósio de Tributação Internacional do G20, realizado em Brasília. “A crise é global”.

O ministro voltou a defender um mecanismo de taxação internacional dos super-ricos e disse que esses recursos podem ser usados para o combate integrado das mudanças climáticas. “ Não vamos dar conta a partir das velhas instituições. Vamos ter que repensar as instituições, os bancos multilaterais, e a partir daí o financiamento dessa equação. Não adianta um país resolver sua crise climática, ela é global, tem que ser tratada globalmente. É possível a cooperação internacional para a taxação internacional”, disse. 

Para Haddad, o Brasil deve contribuir no debate  para o combate à desigualdade por essa ser uma marca histórica do país. “Temos que fazer um esforço para diminuir isso [a concentração de renda]. Tivemos resultados bastante modestos até aqui, mas há muita coisa a ser fazer”.

O ministro disse que o Brasil é um “pequeno mundo”, um laboratório do que precisa mudar em termos globais. A pauta socioambiental exige necessariamente repensar os mecanismos de ação”, afirmou. “Não vamos dar conta com mecanismos nacionais”.

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Para o petista, a OCDE deu um exemplo “muito importante” com o pilar 1 e 2 – o primeiro institui que as maiores e mais lucrativas empresas realoquem parte de seus lucros em países onde vendem seus produtos; o segundo diz respeito a um tributo mínimo global de 15% para as operações de determinadas empresas.

“Essa foi uma demonstração de que é possível a cooperação nacional em termos de taxação para benefício mútuo dos países envolvidos”, disse Haddad. “O que o Brasil está propondo, reunindo elementos da academia e da política, é oferecer uma espécie de pilar 3 da OCDE”. O pilar 3 diz respeito a incentivo à disciplina de mercado “por meio de requerimentos de divulgação ampla de informações relacionadas aos riscos assumidos pelas instituições”.

“Países ricos são vítimas do movimento de capital. Penso que podemos avançar na direção de algo razoável e que seja bom para todo mundo.

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