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Haddad chama de “durona” a diretoria do BC

Durante evento do PT, ministro pede juros mais baixos e reclama a falta de base progressista no Congresso

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 dez 2023, 14h17 - Publicado em 9 dez 2023, 13h37

De fato, o ministro da Fazenda Fernando Haddad enfrentou muitos obstáculos e desgastes políticos no primeiro ano frente à pasta. Teve até que ajustar posicionamentos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre manter a meta de déficit fiscal zero para 2024, que é uma bandeira de gestão. O mais difícil, no entanto, foi lidar com a taxa de juros altos do Banco Central, que impediu que a economia deslanchasse mais do que os resultados apontaram nessa semana, no anúncio do fechamento do terceiro trimestre: o crescimento de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), que apesar de tímido foi acima do esperado pelo mercado financeiro.

Na manhã deste sábado, 9, em Brasília, na abertura do segundo dia da Conferência Eleitoral de 2024 do Partido dos Trabalhadores (PT), ele fez um balanço do governo e se sentiu à vontade para reconhecer que há resistências no Congresso na aprovação de medidas de ajuste fiscal e aumento de arrecadação. Também criticou a diretoria do Banco Central, que avalia como “durona”, no que se refere à taxa básica de juros, a Selic, que está em 12,5% ao ano. “Não estou falando mal ou bem, é um fato. Não temos uma diretoria arejada no Banco Central. É uma diretoria muito durona”, disse durante o evento. “Começaram a baixar a taxa só em agosto. E nós temos que trabalhar como contexto político que temos.”

O governo tenta aprovar uma série de projetos para aumentar a arrecadação, o que ajuda a meta de déficit zero, em 2024. Há uma semana, o Senado aprovou o Projeto de Lei que muda a tributação de renda obtidas com fundos exclusivos de investimentos e offshores. No parecer o relator do projeto Alessandro Vieira (MDB-SE) estima que a nova taxação represente um montante de 13 bilhões de reais. Atualmente 2,5 mil brasileiros aplicam sobre fundos exclusivos, que somam 756 bilhões de reais em patrimônio, sobre os quais recaem a nova tributação. Por isso, a lei ficou conhecida como taxa dos super-ricos. O ministro ainda reclamou dos jabutis –as emendas que são colocadas no meio dos projetos para garantir ou proteger determinados interesse –, como se fosse possível chegar a qualquer aprovação no Congresso sem eles.

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