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Brasil deve recuperar grau de investimento nos próximos anos, diz Haddad

Após reunião com agências de risco em Nova York, ministro diz que aumento da nota de crédito do Brasil deve ser gradual

Por da Redação
Atualizado em 23 set 2024, 16h38 - Publicado em 23 set 2024, 16h28

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 23, acreditar que o Brasil pode recuperar o grau de investimento no próximo ano. A declaração do ministro foi feita após encontros com agências de classificação de risco em Nova York, onde uma comitiva do governo participa de eventos da ONU.

O encontro com a S&P Global e a Moody’s, em Nova York. , segundo Haddad, aconteceu a pedido de Lula. O ministro disse que levou às agências as mudanças nas regras da economia brasileira, como o novo arcabouço fiscal e a tentativa de estabelecer um mecanismo claro e com critérios transparentes e específicos para o pagamento das emendas parlamentares. 

“Quando assumimos estávamos a um passo do grau de investimento. No ano que vem, possivelmente, em uma ou duas agências de risco estaremos a um degrau do grau de investimento. Ele [o presidente Lula] me perguntou o que aconteceria até o fim do mandato dele e eu disse que as mudanças são graduais, geralmente de um ano para o outro. Aí, ele quis conversar com as agências para entender a avaliação, em relação às políticas que estão sendo implementadas no Brasil, do esforço que estamos fazendo depois de dez anos de rebaixamento, em que as contas públicas ficaram muito bagunçadas”, disse o ministro após o encontro. Haddad ainda deve se encontrar com executivos da Fitch Ratings durante a passagem pelos Estados Unidos. 

“Evidentemente que cabe às agências de risco definir, mas os prognósticos da Fazenda são muito bons” disse Haddad, após uma reunião com agências. “ Quando assumimos o governo, estávamos três degraus abaixo. Ano que vem, possivelmente em uma ou duas agências, estaremos a um degrau”, afirmou. 

Haddad destacou que o Brasil é um credor internacional, possui um superávit comercial robusto e é destino de investimentos privados. O ministro observa que essa revisão deve ser feita de forma gradual, mas que o objetivo de Lula é terminar o mandato readquirindo o grau de investimento.  Atualmente, a classificação do Brasil pela Moody’s é “Ba2”, enquanto a S&P a ajustou de ‘BB-‘ para ‘BB’, mantendo uma perspectiva estável.

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O país perdeu o grau de investimento em 2015, depois de ter atingido em 2008, durante o governo Lula. A recuperação do selo de bom pagador ajudaria a destravar investimentos estrangeiros para o país uma vez que muitos fundos de investimento grandes só podem aportar recursos em mercados que tenham a certificação.

Banco Central

O ministro disse que levou às agências sinais da recuperação do país, como a implantação do arcabouço fiscal, que limita o crescimento de despesas em relação à receitas,  e a reoneração da folha de pagamento prevista para o próximo ano, que deve gerar receitas mais consistentes. A autonomia do Banco Central também é um elemento chave, segundo o ministro.

Segundo ele, as agências de classificação de risco teceram elogios ao respeito à autonomia do BC. A transição foi “desafiadora”, mas está na “reta final”, conforme ele. “Nós somos o primeiro governo que teve dois anos de convivência com o presidente nomeado pelo governo anterior”, afirmou, a jornalistas, após as reuniões.  “O que todos notaram é que o Brasil, no ponto de vista institucional, também, em relação a isso, soube lidar muito bem com uma situação, digamos assim, desafiadora”, avalia.

 

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