ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Indicado por Lula, Galípolo defende atuação técnica e cautelosa do BC

O diretor de Política Monetária do BC e ex-secretário da Fazenda irá substituir Roberto Campos Neto à frente da autoridade monetária

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 ago 2024, 15h52 - Publicado em 28 ago 2024, 15h39

O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Banco Central, Gabriel Galípolo, vem falando bastante ao mercado sobre o que pensa da política monetária. O ex-secretário da Fazenda, e economista próximo ao PT, defende uma atuação independente do Banco Central, e vem pregando decisões técnicas, em uma visão muito alinhada a do atual presidente, Roberto Campos Neto.

Na última segunda-feira, em evento no Piauí, Galípolo afirmou que o Banco Central está  “aberto a todas as alternativas” para a política monetária, isto é, pode subir juros se necessário. O patamar da taxa de juros, atualmente em 10,5% por ano, é um dos grandes pontos de tensão do Palácio do Planalto com o Banco Central.

“A função do BC é ser mais cauteloso, diante de uma economia que parece dar sinais de moderação lá fora, enquanto aqui assistimos a sinais de resiliência maior. Por isso, o BC assumiu uma posição mais conservadora, interrompeu o ciclo de cortes e fica agora dependente de dados”, disse na ocasião. “Vamos ‘consumir’ os dados a cada reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] para analisar como a economia está avançando para, então, tomarmos nossas decisões”, afirmou o economista.

O indicado do governo ao BC destacou ainda que o cenário brasileiro é diferente dos Estados Unidos. Por lá, a inflação vem convergindo para a meta e as apostas para redução da taxa de juros só aumentam. “Esse não me parece ser o cenário que assistimos no Brasil”, disse. “Do ponto de vista das expectativas, elas estão desancoradas, com uma inflação que vai aos poucos se distanciando da meta.”

Continua após a publicidade

Indicação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira que Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, é o indicado do presidente Lula para o Banco Central. 

A indicação do economista confirma a expectativa do mercado financeiro, que já precificava o economista como o nome para substituir Roberto Campos Neto no Banco Central. O mandato de Campos Neto vai até 31 de dezembro neste ano, e nesse meio tempo a indicação de Lula deve ser submetida ao Senado Federal. A ideia do governo é conseguir passar a aprovação o quanto antes para que a transição no BC seja feita sem sobressaltos. 

Continua após a publicidade

A sabatina de Galípolo fica a cargo da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em seguida, precisa ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa. O presidente Lula se reuniu com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da casa, para tentar adiantar a sabatina e a votação.  Caso aprovado, Galípolo cumprirá um mandato de quatro anos, até 2029.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$ 2,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.