Por AE
Brasília (AE) – Um dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu mais um sinal claro de que a taxa básica de juros, a Selic, vai continuar sendo reduzida ao longo dos próximos meses. Durante evento no sábado, 4, em Comandatuba (BA), o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, afirmou que há espaço para �afrouxamento monetário� no País, sem que isso comprometa o trabalho de trazer a inflação de volta para o centro da meta ainda em 2012.
�Há espaço para uma política de afrouxamento monetário no Brasil, com elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa de juros se deslocando para patamares de um dígito, sem comprometer o nosso objetivo de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012�, afirmou o diretor durante discurso na quinta edição do encontro nacional da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que aconteceu na ilha baiana. O discurso de Awazu está disponível no site do Banco Central.
A ata da primeira reunião do Copom deste ano deixou claro que o BC trabalha com a perspectiva de trazer a Selic para o patamar de um dígito em breve. No documento, divulgado no dia 25 de janeiro, os diretores do BC atribuíram �elevada probabilidade� de concretização de um cenário que contempla a taxa Selic abaixo de 10%. A posição expressa por Awazu é mais explícita em relação aos cortes da Selic.
Na reunião de janeiro, os diretores do BC aprovaram o quarto corte seguido da taxa básica de juros, que atualmente está em 10,50% ao ano. O próximo encontro do comitê acontecerá nos dias 6 e 7 de março.
Depois que o BC divulgou a ata, analistas do mercado financeiro refizeram suas contas e anteciparam a data em que a Selic atingirá o patamar de 9,50%. Para alguns analistas, isso acontecerá em maio. Há uma corrente, entretanto, que aposta que esse nível será alcançado em abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo