Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Guerra comercial entre China e EUA faz bolsa cair 2,5% e dólar subir 1,7%

Desvalorização do yuan derruba mercados pelo mundo; nos EUA, índice Dow Jones recua 2,9% e, na Europa, bolsa de Londres tem queda de 2,5%

Por André Romani 5 ago 2019, 18h19

A escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos nesta segunda-feira, 5, com a desvalorização da moeda chinesa, o yuan, trouxe mais risco e incerteza aos mercados financeiros e impulsionou a cotação do dólar comercial no Brasil. A moeda teve alta de 1,7%, a maior variação desde 13 de novembro de 2018, e fechou cotada aos 3,96 reais para a venda, patamar mais elevado em dois meses. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve desvalorização de 2,51%, aos 100.097 pontos, no menor valor desde o dia 2 de julho.

Na manhã desta sexta, o yuan atingiu o patamar de 7 para 1 com relação ao dólar (um dólar = sete yuans), a maior desvalorização desde 9 de maio de 2008. O movimento foi visto pelo mercado financeiro como uma retaliação do país asiático aos Estados Unidos em meio à escalada de tensões na guerra comercial entre as duas nações. Com isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Banco Central Chinês de “manipulação cambial”.

A desvalorização do yuan e o medo por novos capítulos na tensão comercial entre as duas maiores economias do planeta foi sentida em mercados por todo o mundo. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou em queda de 2,89% e o S&P, de 2,98%. Na Europa, a bolsa de Londres caiu 2,47% e a francesa, 2,19%. “Esse estresse do mercado é por causa dos possíveis desdobramentos dessa guerra comercial. Não é mais blefe. Saiu do campo das ameaças e veio para o mundo real”, afirma Pablo Spyer, analista da Mirae Asset.

O Ministério do Comércio chinês comunicou que as empresas do país pararam de comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos e que a China não descarta estabelecer tarifas de importação a esses bens adquiridos dos americanos após 3 de agosto. A importação desses produtos foi um dos motivos para a nova escalada de tensão. Na semana passada, após reuniões entre representantes dos dois países para negociar um acordo, Trump anunciou novas tarifas adicionais aos produtos chineses, pois, segundo ele, a China não cumpriu sua promessa de comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos em grande quantidade.

A desvalorização do yuan tem como objetivo baratear no mundo todo o preço dos produtos chineses frente aos americanos. Pelo Twitter, Trump criticou o movimento do yuan nesta segunda. “A China baixou o preço de sua moeda para quase uma mínima histórica. Isso se chama manipulação cambial”, afirmou ele. Em comunicado divulgado na segunda-feira, o BC chinês vinculou a fraqueza do yuan às consequências da guerra comercial, mas disse que isso não mudaria sua política cambial e que flutuações da moeda são normais.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.