Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Grécia vota novo orçamento de rigor para 2012

Por Louisa Gouliamaki
6 dez 2011, 16h57

O Parlamento grego vota nesta terça-feira à noite um novo orçamento de austeridade para 2012, com o qual o país manterá a política de saneamento de suas finanças públicas acordada com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de assistência financeira.

O governo de coalizão do primeiro-ministro Lucas Papademos conta com uma maioria de uma maioria parlamentar de mais de 250 dos 300 deputados da Câmara e por isso se espera que o orçamento seja aprovado sem problemas até a meia-noite.

O orçamento prevê cortes salariais, aumentos de impostos e a parada técnica de dezenas de milhares de funcionários.

Ante a incapacidade do país em cumprir com seu objetivo de déficit em 2011, que deve chegar a 9% e não 6,8%, não se descartam novas medidas de austeridade. Para 2012, a meta de déficit é de 5,4% do PIB.

Além disso, a previsão de contração da economia em 2012 foi revisada para cima, a -2,8%, ante a queda de 5,5% prevista para este ano.

Continua após a publicidade

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse, no entanto, que o governo prevê para 2012 um excedente primário de 1,1%, “pela primeira vez em muitos anos”.

O ministro do Desenvolvimento, Michalis Chrisohoidis, destacou na segunda-feira no Parlamento que o plano europeu de redução do déficit “permitiu ao país escapar da quebra, mas não contribuiu para recuperar o crescimento”, em um país em recessão e no qual o desemprego superou 18% em agosto.

Incidentes desta terça-feira no centro de Atenas demonstraram a continuidade da tensão no país. Os manifestantes, a maioria estudantes, protestaram contra a austeridade e a polícia, no terceiro aniversário da morte de um adolescente por disparos de um agente.

O novo governo, apoiado por socialistas, direita e ultradireita, se comprometeu a aplicar o segundo plano de resgate da Grécia, decidido pela zona do euro em uma reunião em Bruxelas ao final de outubro.

Continua após a publicidade

O segundo plano de resgate prevê créditos de 130 bilhões de euros até 2014, dos quais 30 bilhões serão destinados para recapitalizar os bancos gregos, e a eliminação de 50% da dívida grega em mãos dos credores privados (bancos, fundos de pensão, seguradoras, etc).

Papademos destacou recentemente a “complexidade e a dificuldade” das negociações sobre a reestruturação da dívida, que se traduzirá em uma redução da dívida grega a 120% do PIB até 2020.

Atualmente, a dívida pública grega supera os 160% do PIB.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.