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Governo italiano quer menos dinheiro público no resgate da Alitalia

A empresa, em prejuízo desde 2002, precisa levantar recursos rapidamente para continuar funcionando. A Air France-KLM, sua principal acionista, pede rígidas condições para alocar capital na companhia

Por Da Redação
11 out 2013, 15h32

Em meio às discussões sobre a ajuda financeira à companhia aérea italiana Alitalia, o governo italiano disse nesta sexta-feira que o plano deveria envolver menos o dinheiro do contribuinte e mais estratégias de longo prazo. A declaração veio após a recusa da Air France-KLM, maior acionista individual da companhia italiana, com 25% do capital, de se comprometer com a ajuda.

Em resposta, ainda nesta sexta, a Air France-KLM afirmou que vai exigir condições rígidas para aceitar participar do plano para salvar a companhia aérea italiana. A empresa, porém, não quis entrar em detalhes sobre qual seria sua responsabilidade no plano. A segunda maior acionista, a família Riva, que detém 11% de participação, teve seus bens apreendidos em uma investigação judicial, o que complica ainda mais a proposta de aumento de capital.

O plano de resgate será apresentado ao Conselho de Administração da Alitalia na tarde desta sexta-feira e é considerado apenas um ‘tapa-buraco’.

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A Alitalia, que teve lucro pela última vez em 2002, precisa assegurar 500 milhões de euros (676 milhões de dólares) em recursos até sábado ou corre o risco de ter seus voos cancelados. Isso porque seu fornecedor de combustível, a empresa Eni, ameaçou cortar o abastecimento a menos que a empresa aérea prove que ainda tem dinheiro para funcionar pelo menos por mais seis meses.

Após a recusa de diversas companhias nacionais, o governo finalmente encontrou financiadores para a Alitalia nesta quinta-feira, persuadindo a empresa estatal de correios a se comprometer com o fornecimento de 75 milhões de euros via um aumento de capital enquanto o governo fornece outros 75 milhões de euros em empréstimos.

Mas, segundo fontes próximas ao assunto, o plano de emergência precisará também de outros 150 milhões de euros dos atuais acionistas e mais 200 milhões de euros em empréstimos de bancos italianos.

Outras pessoas com conhecimento sobre o tema afirmaram ainda que até agora o governo conseguiu assegurar, ao todo, 225 milhões de euros. Além do Correios e do próprio dinheiro público, o governo italiano teria conseguido recursos de um consórcio de bancos. Mesmo assim, os envolvidos nas negociações alegam que falta uma estratégia clara ao plano de financiamento para tornar a empresa aérea viável no longo prazo.

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“Se é um curativo de emergência para estancar o sangramento, que seja. Mas nós precisamos ter um pensamento sério sobre o plano no médio e longo prazo de uma vez por todas”, disse Giorgio Squinzi, chefe de lobby empresarial na Confindustria.

(com agência Reuters)

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