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Governo anunciará adiamento do leilão do trem-bala, diz agência

Decisão ocorre após clima tenso em Brasília devido às investigações sobre o caso Siemens

Por Da Redação
12 ago 2013, 16h17

A presidente Dilma Rousseff decidiu no último domingo pelo adiamento do leilão do trem-bala que vai ligar as cidades de Campinas (SP), São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o anúncio oficial será feito na tarde desta segunda-feira, durante entrevista coletiva à imprensa a ser convocada pelo ministro dos Transportes, César Borges. Ainda de acordo com fontes, o novo cronograma de licitação ainda está sendo discutido por técnicos do governo.

Ainda que Bernardo Figueiredo, presidente da EPL (a estatal que comanda os projetos de infraestrutura do país), tenha negado em diversas ocasiões a possibilidade de um novo adiamento, a situação se tornou inevitável por uma sequência de fatores que vão desde as investigações de corrupção em São Paulo e em Brasília, que envolvem alguns dos principais fabricantes de equipamentos ferroviários do mundo, até o acidente com um trem da estatal espanhola Renfe, responsável por matar quase 80 pessoas no final de julho. O problema lançou dúvidas sobre a participação do consórcio da Espanha no leilão, já que o edital veta empresas que tenham se envolvido em acidentes fatais em linhas de alta velocidade nos últimos cinco anos. Os espanhóis alegam, porém, que o acidente não ocorreu em uma linha desse tipo, o que deveria manter a Renfe no leilão. O ministro César Borges afirmou recentemente que concorda com esse argumento.

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No fim, foi decisivo para o adiamento o fato de que, com mais prazo, o governo poderia garantir mais concorrência na disputa. Até a semana passada, somente o consórcio de empresas francesas dava certeza de que teria condições de entregar sua proposta na data original, dia 16 deste mês. Na semana passada, uma fonte que acompanhava as discussões com o consórcio da Espanha analisava que, com a garantia da participação da Renfe, seria praticamente impossível o governo não adiar mais o leilão. Isso porque ele poderia ser questionado por fazer uma licitação com apenas um concorrente, quando havia outro interessado garantindo disputa, caso houvesse mais tempo para apresentar sua oferta. O governo ainda acompanha a movimentação do consórcio da Alemanha, que nas últimas semanas demonstrou interesse, mas, segundo fontes, não deu garantias de que entraria, mesmo com o prazo dilatado.

Atrasos e adiamentos – O projeto do trem de alta velocidade vem sendo estudado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já passou por diversos adiamentos e foi até tema de debates na campanha de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff foi eleita. Em julho de 2011, o governo chegou a abrir a entrega de propostas, mas nenhum interessado se apresentou. Como consequência, o governo mudou o modelo da concessão e separou a construção civil da ferrovia (parte mais cara e com mais riscos no projeto) da operação do serviço e fornecimento da tecnologia. O leilão adiado nesta segunda-feira é justamente o que vai escolher a tecnologia e o operador do sistema.

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(com Estadão Conteúdo)

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