Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Google cita queimadas no Brasil ao anunciar que só vai usar energia limpa

Presidente da empresa usa como exemplos desastres ambientas na Califórnia, Brasil e Austrália para justificar urgência no combate ao aquecimento global

Por Josette Goulart Atualizado em 14 set 2020, 19h08 - Publicado em 14 set 2020, 18h24

O céu laranja no norte da Califórnia, enchentes em cidades que viviam secas por décadas, queimadas no Brasil e na Austrália. O presidente mundial do Google, Sundar Pichai, fez hoje um apelo mundial pela ciência: “o mundo deve agir agora se quisermos evitar as piores consequências das mudanças climáticas”. E assumiu o compromisso de que a partir de hoje vai reduzir a zero todo o seu legado de carbono e de que, até 2030, estará consumindo somente energias renováveis em todos os seus negócios. “Somos a primeira grande empresa a assumir o compromisso de operar com energia livre de carbono 24 horas por dia, 7 dias por semana, em todos os nossos data centers e campi em todo o mundo”, disse Pichai em seu blog. “Isso é muito mais desafiador do que a abordagem tradicional de combinar o uso de energia com energia renovável, mas estamos trabalhando para fazer isso até 2030.”

A empresa diz que vai investir em tecnologias de inteligência artificial que ajudem a otimizar a demanda de energia, já que hoje o sol e o vento podem não estar disponíveis 100% do tempo para gerar a energia necessária. O Google diz que, com sua decisão, deverá gerar 20 mil novos empregos na indústria de energia limpa até 2025. Além disso, a empresa começa hoje a eliminar todo seu legado de carbono, cobrindo tudo o que jogaram no ar antes de 2007 quando se tornaram neutros, por meio da compra de compensação de alta qualidade. “Isso significa que a pegada de carbono líquida vitalícia do Google agora é zero”, escreveu. A empresa diz que hoje mais de 10% do consumo de energia nos Estados Unidos vem do aquecimento e resfriamento de prédios comerciais. E que por isso investiu em tecnologias de machine learning que ajudaram a reduzir a energia para resfriar os data centers do Google em 30%. “E agora a DeepMind e o Google Cloud estão disponibilizando essa solução de tecnologia em nuvem globalmente para uso em aeroportos, shopping centers, hospitais, data centers e outros edifícios comerciais e instalações industriais”, disse.

A citação ao Brasil se justifica pelos números que estão sendo apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que com frequência têm sido minimizados pelo presidente Jair Bolsonaro. A quantidade de incêndios em florestas brasileiras subiu 10% neste ano comparado com o ano passado, que já foi um ano de muitas queimadas. No Pantanal, o salto é de 210%. O Inpe também mostra que a área desmatada na Amazônia por conta do fogo foi de 1.359km², em agosto. É o segundo maior número em cinco anos, perdendo apenas para agosto do ano passado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.