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GM demite mais de 500 em fábrica de São José dos Campos, diz sindicato

Cerca de 5.000 funcionários estão em greve em protesto contra as dispensas; segundo a associação dos fabricantes, quase 9.000 trabalhadores foram demitidos no primeiro semestre do ano

Por Da Redação
13 ago 2015, 12h31

O total de demitidos na fábrica da General Motors em São José dos Campos, no interior paulista, já passa de 500, segundo o sindicato dos metalúrgicos local. O número tem como base trabalhadores demitidos que procuraram a entidade, uma vez que a empresa se nega a informar dados oficiais. Os trabalhadores começaram a receber telegramas de dispensa no último sábado.

“O número de cortes já chega a quase 10% da planta e pode aumentar ainda mais, o que é inaceitável diante de todos os incentivos fiscais recebidos pela montadora. Por isso, cobramos a intervenção dos governos municipal, estadual e federal, no sentido de garantir os empregos”, afirmou, em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros.

Antes dos cortes, a montadora empregava 5.200 funcionários na unidade que produz os modelos S10 e TrailBlazer. A produção está suspensa desde segunda-feira, quando foi decretada greve contra as demissões.

Nesta quarta-feira, a GM informou que obteve na Justiça do Trabalho medida liminar determinando ao sindicato “que se abstenha de bloquear vias, bolsões e acessos, permitindo a entrada e a saída de pessoas e veículos”. Determina também que os sindicalistas “se abstenham de invadir a unidade fabril e de praticar atos de violência contra pessoas e o patrimônio da empresa”, garantindo, assim, o livre acesso às dependências do complexo.

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Segundo o sindicato, a GM condiciona a negociação ao fim da greve, enquanto a entidade defende que a volta ao trabalho ocorra após a suspensão das demissões. Nesta sexta-feira, o sindicato agendou uma manifestação na cidade. Recentemente, a GM também cortou 500 vagas na fábrica de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

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Volks – Em Taubaté (SP), funcionários da Volkswagen aprovaram ontem, em assembleia, o estado de greve. Eles temem demissões após a recusa dos trabalhadores à proposta da empresa de congelamento de salários e antecipação de aposentadorias. Nesta quinta-feira, estão de folga os cerca de 5.000 trabalhadores da unidade, que produz os modelos up!, Voyage e Gol. A medida também visa adequar a produção à demanda. Na fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a Volks estuda parar a produção dos modelos Gol e Parati na próxima semana, aproveitando o feriado de aniversário da cidade, no dia 20.

Fiat – A Fiat dará, pela quarta vez no ano, férias coletivas para funcionários da fábrica de Betim (MG), por vinte dias. Dessa vez, a medida envolve 3.000 dos 19.000 trabalhadores da unidade. O objetivo também é adequar a produção à demanda. As férias terão início no dia 24.

“A queda no comércio de automóveis reflete nos funcionários da empresa. Diante disso, as férias coletivas são muito melhores do que as demissões”, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Paulo Miguel Antunes. Nas férias anteriores, em julho, quase a totalidade dos funcionários ficou em casa por dez dias. Os recessos foram em março e maio, para 2.000 trabalhadores cada.

Vagas fechadas – Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a julho as vendas caíram 21% ante igual período de 2014. Nesse período, foram demitidos cerca 8.800 trabalhadores. Já o Ministério do Trabalho estima que os setores ligados à indústria automobilística fecharam cerca de 38.700 postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, o que representa 11% do total de vagas encerradas no período. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira em reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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