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Gastos de brasileiros no exterior caem 3,88% em 2018, diz Banco Central

Alta de 14,5% do dólar no ano passado pode explicar os gastos menores em viagens

Por Da redação
Atualizado em 28 jan 2019, 17h50 - Publicado em 28 jan 2019, 13h29

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior ficaram em 18,263 bilhões de dólares em 2018 (aproximadamente 69 bilhões de reais). A queda é de 3,88% na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 28.

A redução ocorreu por influência da alta do dólar. Em 2018, a moeda americana custou, em média, 3,66 reais, com alta de 14,5% na comparação com 2017 (3,19 reais). Em 2017, os brasileiros gastaram 19,002 bilhões de dólares (71,8 bilhões de reais). 

“Nos primeiros meses de 2018 houve uma aceleração nas despesas líquidas (gastos de brasileiros maiores que receitas de estrangeiros). Isso se inverteu no segundo semestre”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha. A inversão ocorreu devido à alta da moeda americana.

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a 5,917 bilhões de dólares (22,6 bilhões de reais) no ano passado, com aumento de 1,86% em relação a 2017. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou o ano negativa em 12,346 bilhões de dólares.

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Contas externas

As viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) das transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações. No ano passado, as contas externas ficaram em 14,511 bilhões de reais (54,8 bilhões de reais), um pouco mais que o dobro registrado em 2017 (7,235 bilhões de dólares, cerca de 27,3 bilhões de reais).

“Não obstante ser maior que de 2017, esse déficit é baixo para os padrões da economia brasileira. Não apresenta risco do lado externo da economia brasileira e é mais que inteiramente financiado pelos fluxos de investimento direto no país”, disse Rocha.

Ele acrescentou que o resultado negativo das contas externas era esperado porque a economia brasileira retomou o crescimento. “Quando a economia cresce, aumenta a demanda dos residentes do país por bens e serviços importados”, destacou. Ele acrescentou que enquanto as exportações de mercadorias cresceram 10% no ano passado, as importações subiram 21%.

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Rocha explicou que a demanda de serviços do exterior também aumenta com o crescimento da economia, mas a alta do dólar freou o crescimento da procura. “Como a taxa de câmbio se desvalorizou no período, ficou mais caro demandar serviços no exterior”, acrescentou Rocha.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

 

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