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G8 dobra a ajuda para quatro países da ‘Primavera Árabe’

Por Por Francesco FONTEMAGGI
10 set 2011, 21h20

As grandes potências do G8 e organizações internacionais anunciaram neste sábado em Marselha, no sul da França, a intenção de dobrar sua ajuda financeira a quatro países que viveram nos últimos meses a chamada “Primavera Árabe”.

A ajuda global do G8 e de nove instituições internacionais (FMI, Banco Mundial, bancos regionais e fundos árabes) pode liberar até 80 bilhões de dólares até 2013, ao invés dos 40 bilhões anunciados em maio durante o lançamento da Parceria Deauville.

Além das autoridades das revoluções egípcia e tunisiana, outros dois países aliados desde o inicio, Marrocos e Jordânia, receberão esta ajuda.

Segundo as palavras da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, trata-se de “ajudar e acompanhar um movimento histórico de transformação profunda de toda uma região do mundo”.

Os detalhes dessa ajuda ainda são vagos.

As instituições multilaterais prometeram dobrar a ajuda em relação ao anúncio de Deauville (38 bilhões de dólares: 10 bilhões do Banco Mundial, 7,6 do Banco Africano de Desenvolvimento e 7,5 do Banco Europeu de Investimento), segundo a declaração final de Marselha.

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Como previsto, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento da Europa (Berd), criado para ajudar os países da Europa Central e Oriental após a queda do Muro de Berlim, deverá prestar socorro aos países de todo o mediterrâneo.

Este engajamento, que será confirmado até o fim do mês, deverá permitir ajudar os países árabes, principalmente no setor privado, com 2,5 bilhões de euros por ano.

A ajuda bilateral dos membros do G8 deve aumentar na mesma proporção, explicou o ministro francês das Finanças François Baroin. Ela ultrapassará os 20 bilhões anunciados em maio e deve chegar aos 40 bilhões de dólares. A França preside este ano o fórum das grandes potências.

Em uma declaração, os membros da Parceria Deauville felicitaram os planos de ação apresentados pelos quatro Estados árabes, que “demonstram uma vontade clara e compartilhada de trabalhar para a prosperidade dos povos interessados”.

A Líbia, após a queda do coronel Kadhafi, esteve presente em Marselha como observadora e foi convidada para reencontrar, logo que possível, os parceiros.

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O Conselho Nacional de Transição (CNT), autoridade política da revolta que tomou Trípoli no fim de agosto, foi reconhecido como governo legítimo da Líbia pelo FMI, anunciou Lagarde. Ele poderá se beneficiar do seu apoio para “ajudar a economia se reerguer rapidamente”.

Desde maio, as promessas do G8 demoraram em se concretizarem e a frustração cresceu entre os países envolvidos.

“Nós compreendemos esta frustração, existe um atraso na ignição”, disse à AFP um diretor de uma instituição financeira. Os beneficiários das doações “precisam compreender quais são seus interlocutores” que precisam em troca da ajuda, detalhes sobre as reformas pensadas pelos governos árabes, explicou.

Nenhum calendário preciso foi fixado, François Baroin afirmou que os fundos deverão “ser desembolsados no menor tempo possível”.

“Não são só palavras, é algo concreto, é rápido”, insistiu o ministro francês.

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