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G20 elabora regras de controle para países que geram desequilíbrios

O grupo também deve acertar uma lista das nações que apresentam os desequilíbrios mais fortes e que precisam ser alvo de exames mais severos

Por Da Redação
15 abr 2011, 14h02

Para vários observadores, debate sobre desequilíbrios é uma forma dissimulada de pressionar a China a modificar seu modelo econômico e apoiar mais sua demanda interna

Os países ricos e os emergentes do G20 reuniram-se nesta sexta-feira para acertar as regras de controle financeiro mútuo que permitam alertar para a possibilidade de crise no futuro. Eles também conseguiram chegar num acordo sobre a forma de identificar os estados que devem fazer maiores esforços para enfrentar os grandes desequilíbrios econômicos mundiais. “As discussões avançaram durante a madrugada desta sexta-feira e chegou-se a um acordo”, afirmou uma fonte antes do início da reunião formal dos ministros das Finanças e diretores de bancos centrais do G20, em Washington, nos Estados Unidos.

O acordo determina os pontos que permitem analisar a contribuição de cada estado-membro para os desequilíbrios do planeta, de acordo com uma série de indicadores selecionados em fevereiro pelo G20, considerando ainda as particularidades de cada país.

O G20 também deve acertar uma lista de países que apresentam os desequilíbrios mais fortes e que precisam ser alvo de um exame mais severo, mas sobre este aspecto ainda não há acordo. Segundo uma fonte da delegação americana, a lista poderá ser publicada nas próximas semanas.

Os líderes do G20 devem se reunir em novembro, em Cannes (França), para fixar as recomendações de política econômica aos países designados para que enfrentem seus desequilíbrios.

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A reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos principais países ricos e emergentes, à margem das assembleias de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), começou na noite de quinta-feira com uma análise da economia mundial, confrontada a novos desafios vinculados às revoltas do mundo árabe e à recente catástrofe que atingiu o Japão. O diagnóstico pode ser similar ao estabelecido pelo FMI, em geral otimista, apesar da recente disparada dos preços do petróleo.

O G20 adotou em fevereiro em Paris um difícil compromisso sobre uma lista de indicadores para medir os desequilíbrios internos (déficit, endividamento e economia) e externos (balança de contas correntes). Em Washington, os ministros devem estabelecer tetos para estes indicadores, que, de qualquer modo, não serão limítrofes em valores universais.

A partir de um mecanismo que “pode parecer complexo e tecnocrático”, de acordo com as palavras de um negociador, haverá “linhas diretrizes” adaptadas a cada país – analisadas em função de suas particularidades – e que dirão quais nações apresentam desequilíbrios que merecem um exame mais detalhado. Estas “linhas” definidas e uma lista de países submetidos a este diagnóstico profundo darão lugar na cúpula do G20 em Cannes (sul da França), em novembro, a recomendações de política econômica que tendem a acabar com estes desequilíbrios.

Estados Unidos, Alemanha, China e Japão estão certamente nesta lista, segundo uma fonte próxima às negociações. Outros países podem se somar a ela.

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Para vários observadores, este processo é uma maneira dissimulada de levar a China a modificar seu modelo econômico e apoiar mais sua demanda interna. As outras grandes potências, com destaque para os Estados Unidos, acusam Pequim de manter sua moeda desvalorizada de forma artificial para impulsionar suas exportações e acumular excedentes, o que afeta seus sócios comerciais.

A questão da cotação de moedas e a reforma do sistema monetário internacional também será abordada. A França impulsiona a elaboração de um calendário para a integração da moeda chinesa às moedas que integram o ativo monetário do FMI junto ao dólar, ao euro, ao iene e à libra esterlina.

(com Agence France-Presse)

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